A WSL pode ficar sem eventos no Hawaii na temporada de 2019. A entidade perdeu o prazo inicial para submissão dos pedidos de licença para realização dos eventos à prefeitura de Honolulu, que considera negar a requisição feita com atraso.
“A WSL perdeu prazos durante o processo e agora quer utilizar datas que já foram requisitadas por outras partes antes que o processo todo seja concluído”, disse o prefeito da capital havaiana, Kirk Caldwell, ao jornal Honolulu Star Advertiser.
“Não é assim que fazemos negócios no Hawaii”
O pedido feito com atraso seria referente à troca de datas de eventos que já estariam asseguradas à WSL, alega a CEO Sophie Goldschimdt, que afirmou tratar-se de uma simples questão técnica. “Não estamos pedindo para acrescentar novos dias ou janelas”, disse ela ao jornal. “É uma questão administrativa mínima. Do nosso ponto de vista, é algo muito simples”.
A mudança a que Goldschmidt se refere seria a troca dos períodos de realização do Sunset Open pelo do Pipe Masters. O Pipe Masters passaria a acontecer em janeiro de 2019, conforme os planos da entidade para o novo calendário do circuito mundial, e a etapa do QS seria realizada em dezembro.
Segundo Caldwell, o prazo para envio dos requerimentos era até o final de novembro. Os pedidos da WSL chegaram na segunda semana de dezembro. Ao final de janeiro, ainda sem receber a aprovação do Departamento de Parques e Recreação do arquipélago, Goldschmidt teria aparecido para uma reunião não-agendada com o prefeito na intenção de pressioná-lo para que autorização fosse concedida. A WSL também teria enviado cartas a representantes do conselho municipal de Honolulu para que interviessem em seu favor. “Não é assim que fazemos negócios no Hawaii”, disse Caldwell.
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Goldschmidt lamenta a situação e diz esperar que “a lógica prevaleça”. Segundo ela, os eventos da WSL movimentam uma quantia estimada em 20 milhões de dólares anualmente nas ilhas com seus principais eventos – Volcom Pipe Pro, Maui Women’s Pro, Hawaiian Pro (em Haleiwa), Vans Wolrd Cup (Sunset) e o Billabong Pipe Masters, entre outros.
“Se não conseguirmos fazer essas pequenas mudanças administrativas, não poderemos voltar em 2019, e se isso acontecer é provável que não possamos voltar por muitos anos”, disse ela.