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HARDCORE #323 • Novembro/16

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Brasil! A HARDCORE de novembro aborda o surf no nosso país por diferentes perspectivas. Na capa, Willian Cardoso na Brava (SC), registrado por Ricardo Alves – uma das fotos que ilustram o Shots Especial do inverno brasileiro.

Na estreia da coluna Mar…ina, a surfista Marina Werneck escreve um manifesto sobre a força da mulher e do surf feminino.

No 10 Perguntas do mês, Ricardo Bocão revive seus momentos mágicos no surf e no jornalismo, do Eddie Aikau Invitational ao Realce, até os dez anos do Canal Woohoo, além de analisar como poucos o contexto do surf brasileiro. “O Brasil hoje é a maior potência de surf do mundo.”

Entrevistamos ainda cinco figuras importantes do contexto internacional, para saber “O que os gringos pensam dos brasileiros”: Sean Doherty, Jamie Brisick, Chris Binns e Ryan Miller.

Adiante, um olhar para o “Futuro do Presente”. A reportagem traz o estado das coisas na base do surf brasileiro e dá voz a nove dos grommets que prometem continuar a tempestade: Dudu Motta, Samuel Pupo, Mateus Herdy, Weslley Dantas, Tainá Hinckel, Yanca Costa, Lucas Vicente, Leonardo Berbet e Daniel Templar.

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Já na Indonésia o verde e amarelo predominou em uma sessão histórica em Greenbush, com Felipe Cesarano, Eric de Souza, Stanley Cieslik, Ian Cosenza e Pedro Tojal.

Ainda tem o olhar de John John Florence, o campeão mundial de 2016 – e crônica de Julio Adler sobre o feito do havaiano; as “Memórias Douradas” do jornalista catarinense Maurio Borges, sobre os Hang Loose Pro Contest na Joaca dos anos 1980; os vencedores do Festival Rocky Spirit; Prancha Mágica com Jessé Mendes; Lay Day

HC 323 – já nas bancas! Garanta a sua!

 

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“Mulheres, mães, médicas, advogadas, publicitárias, designers, liberais, atletas profissionais, freesurfers e apaixonadas pelo lifestyle do surf: o crowd está mais florido e o mercado é gigante.”

O poder do surf femininopor Marina Werneck

Respira.

Amarradona, recebi o convite para ser uma #HCollab e aceitei na hora. A proposta de novos ares para o surf feminino me seduziu e chegou acompanhada de prazos, entregas e ótimas oportunidades de coprodução de conteúdo.

No briefing para escolha do tema de estreia da coluna, o foco girou em torno da crise no surf feminino no Brasil. O papo nem precisou ser tão longo, porque é fato que a maré não está boa. Confesso que tamanha responsabilidade me pegou na emoção e travou na primeira linha. E então falei para mim mesma, “Marina, respira”.

Toda crise proporciona mudanças, e mudanças não são fáceis. Acredito que o segredo esteja em uma nova atitude primeiramente para dentro de nós mesmas, já que a mulher tem um grande poder de adaptação à situações adversas com propulsão a inovação.

Eu vejo essa crise de agora como uma grande oportunidade de virar o jogo.

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“Não vou ficar com falsa modéstia. Eu era de verdade um dos vinte ou trinta melhores na baía de Waimea, dropando nos maiores dias, atrás do pico.”

10 Perguntas: Ricardo Bocãopor Adriano Vasconcellos

HC: Bocão, você é um romântico?
RB: Com certeza. Um cara que, com 40 anos de idade, casado com a minha mulher desde os 33, só passou a pensar em dinheiro como prioridade quando meu primeiro filho, Bruce, nasceu. Ela teve que aguentar sete anos, dos 33 aos 40, a continuidade desse romantismo. A história não se apaga – você pode analisar o passado com muito mais isenção. A minha primeira crise existencial foi aos 25 anos: “Será que estou fazendo certo?” Meu pai queria que eu fosse médico. Pelo contrário, eu fui para o Havaí e morei um ano e meio. Emendei um ano em Saquarema fazendo prancha com o Betão. Aí tem uma dose enorme de romantismo. E eu não tinha planos para o ano seguinte, ia fazendo. Eu e o Antônio Ricardo fazíamos as coisas sem um tostão. Estreamos o Realce sem ter câmera e nem ilha de edição, a gente pagava horário em produtoras que alugavam o equipamento por hora. Na TV, a primeira cobertura do Circuito Mundial foi eu e o Antônio que fizemos. Vimos coisas que só nós estávamos enxergando. Criamos um negócio que misturou skate com surf e música. É um idealismo que sempre veio na frente do dinheiro.

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“Ver esses caras mudando do inglês para o português e vice-versa, como se fosse a coisa mais fácil do mundo, me deixa um pouco deprimido, pra falar a real – pois demonstra o quão ignorantes nós, americanos, somos”  – Ryan Miller

O que os gringos pensam dos brasileirospor Steven Allain

Sean Doherty (australiano, editor da Surfing World): Acredito que a maioria dos surfistas são viajados o suficiente nos dias de hoje para reconhecer que generalizar o surfista brasileiro, australiano ou de qualquer lugar, é um grande erro.

Jamie Brisick (americano, ex-surfista profissional, antigo editor da Surfing e escritor): Fico mais intrigado/perplexo não com os surfistas brasileiros, mas pela maneira com a qual os surfistas de outros países não conseguem entendê-los. Não procuram saber mais profundamente o que significa vir do Brasil, ou pelo o que o país passou em sua história.

Chris Binns (australiano, ex-editor da Surfing Life, atual editor global de surf da Red Bull): Como você define o surfista brasileiro ou australiano nos dias de hoje? Não sei se definições homogêneas existem. No geral, os australianos são muito rápidos para julgar e condenar alguém no lineup, e por causa do número grande de brasileiros na água, suas personalidades fortes e sua fome de ondas, tornam-se alvos muito fáceis.

Ryan Miller (americano, fotógrafo que cobre todas as etapas do Circuito Mundial): As pessoas estão amando a nova geração de brasileiros. Eu adoro ver todas as bandeiras brasileiras na praia em todos os eventos e o apoio que eles têm. Dá aos fãs brasileiros uma razão para torcer por essa galera que tem surfado tão bem.

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“Depois do Brazilian Storm, tenho sido muito abordado nos campeonatos da ISA. O trabalho de base feito no Brasil há muitos anos está no nível dos melhores do mundo” – Marcos Bukão

Futuro do Presentepor Kevin Damasio

Samuel Pupo: “Muitas pessoas falam que sou um grande nome que está vindo. Acho que isso não me atrapalha nem um pouco. Me motiva ainda mais. Estou me preparando psicologicamente para isso não me atrapalhar. Na verdade, já estou pronto.”

Mateus Herdy: “Ganhei meu primeiro campeonato quando tinha 8 ou 9 anos, uma etapa municipal em Balneário Camboriú. Foi aí que descobri que não existe sensação melhor do que vencer uma competição.”

Weslley Dantas: “A cada competição importante tento aprender ao máximo. Sei que ainda não evolui o suficiente, por isso acho que meu melhor ano ainda está por vir.”

Tainá Hinckel:Eu acho muito legal a forma que apoiam o surf de base masculino, porém deveriam realizar mais competições grommets para o feminino, porque o nível das meninas aumenta a cada dia.”

Lucas Vicente: “As ondas que amo são Cloudbreak, Teahupo’o, Pipeline e Macarronis. Viajo bastante para esses lugares para aprimorar meu surf em ondas grandes – o que geralmente é um desafio para alguns atletas, sempre com aquele medo e nervosismo. Mas tenho uma coisa na minha cabeça: se o medo existe, é para ser superado.”

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“Greenbush é um mini Teahupoo na Indonésia. Esse swell foi um aprendizado. Aprendemos mais sobre a bancada, sobre a onda. Cada queda lá é uma nova lição” – Pedro Tojal

Para Poucos, com Pedro Tojal, Felipe Cesarano, Eric de Souza, Stanley Cieslik, Ian Cosenza e Pedro Tojal

“Greenbush é a onda preferida do Felipe Oliveira, capitão do barco Alyssa. Então, quando ele viu que ia ficar grande mesmo, não pestanejou e tocou pra lá. A galera pegou altas ondas, o melhor mar da vida de muitos que estavam no barco. E foi incrível, pois, geralmente essa galera viaja junta e está acostumada a passar perrengue, ficar em terra num esquema mais favela mesmo. Então, pegar essas ondas e ter o conforto do barco foi algo especial. Você fica atracado no canal observando o mar o dia todo e só cai na melhor hora.” – Pedro Tojal

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SHOTS BRASIL surfistas Greg Cordeiro, Willian Cardoso, Guilherme Tranquilli, Jerônimo Vargas, Diego Silva, Marcelo Trekinho, Thiago Camarão, Felipe Oliveira; fotógrafos Marcio David, Ricardo Alves, Mateus Werneck, Osmar Rezende, Marcio Alonso

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