Acima Gabriel Medina em uma clínica de tubos em Teahupo’o.
O campeão mundial Gabriel Medina, atual terceiro colocado do World Tour da WSL, chega confiante por outro bom resultado na etapa do Taiti do Samsung Galaxy Championship Tour que abre janela nesta sexta-feira, 19/8.
Vencedor da etapa em 2014 (mesmo ano em que conquistou o inédito título mundial para o Brasil) e segundo colocado no ano passado, o local da praia de Maresias, em São Sebastião, sabe da chance de assumir a liderança nas ondas de Teahupoo, mas demonstra tranquilidade e evita euforia.
“Estou confiante. É uma onda que eu gosto muito. Uma das melhores do Tour. Já tive bons resultados lá. Espero que dê altas ondas”, afirma o surfista de 22 anos. O atleta ressalta um dos segredos para ir bem na onda mais temida e respeitada do tour: a remada. “Não pode ter medo. Reme em toda onda como se só tivesse aquela. É preciso colocar 100% de concentração para não falhar. É uma onda perigosa. Se pensar duas vezes, fica para trás. A remada é o ponto principal”, explica.
Se nas ondas a ordem é ultrapassar os limites, Gabriel prefere uma postura mais comedida sobre a possível liderança no ranking nessa etapa. Não descarta usar a camisa amarela, mas demonstra estabilidade, evitando a pressão sem necessidade. “Não é algo que penso agora. Quero ter um bom resultado. E pensar bateria por bateria, campeonato por campeonato. Fazer o meu melhor. Se tiver de liderar, vai ser natural”, comenta.
Em 2014, Gabriel deu um show em Teahupoo, com grandes apresentações em todas as baterias. Na final, para coroar, superou Kelly Slater, numa disputa épica, com placar para lá de emocionante: 18,96 a 18,93. No ano passado, voltou a surfar muito bem chegando novamente à final, mas desta vez com vitória do francês Jeremy Flores. “Treinei bastante o físico em casa. Me sinto pronto. Agora é ir para cima e quebrar tudo”, anuncia.
O INSTITUTO MEDINA
Junto ao intensivo período de preparação para Teahupoo, Gabriel curtiu a construção do Instituto que leva o seu nome, também em Maresias, e acompanhou de perto o anúncio do surf como modalidade olímpica (aqui), na reunião geral do Comitê Olímpico Internacional, no Rio de Janeiro. Na ocasião, o surfista também aproveitou para conhecer a Vila Olímpica e desejar boa sorte aos atletas brasileiros (mais aqui)
“Minha família está super envolvida com o projeto do Instituto e estamos muito animados. Vai atender 60 jovens com idades entre 10 e 16 anos oferecendo a mesma estrutura que eu tive para me tornar campeão do mundo. É uma maneira que encontrei de retribuir um pouco do que o surf me deu e de ajudar esses talentos. Quem sabe não ajudamos a formar novos campeões mundiais e olímpicos?”, destaca Medina.
* Com informações de FMA Notícias
Confira as baterias da primeira fase:
1 Jordy Smith (AFR), Dusty Payne (HAV) e Ryan Callinan (AUS)
2 Italo Ferreira (BRA), Kanoa Igarashi (EUA) e Keanu Asing (HAV)
3 Adriano de Souza (BRA), Miguel Pupo (BRA) e Kai Otton (AUS)
4 Gabriel Medina (BRA), Conner Coffin (EUA) e Alex Ribeiro (BRA)
5 John John Florence (HAV), Davey Cathels (AUS) e HiraTeriinatoofa (PLF)
6 Matt Wilkinson (AUS), Stuart Kennedy (AUS) e Bruno Santos (BRA)
7 Michel Bourez (PLF), Kelly Slater (EUA) e Matt Banting (AUS)
8 Julian Wilson (AUS), Nat Young (EUA) e Jeremy Flores (FRA)
9 Sebastian Zietz (HAV), Josh Kerr (AUS) e Jadson André (BRA)
10 Adrian Buchan (AUS), Joel Parkinson (AUS) e Alejo Muniz (BRA)
11 Caio Ibelli (BRA), Kolohe Andino (EUA) e Jack Freestone (AUS)
12 Filipe Toledo (BRA), Wiggolly Dantas (BRA) e Adam Melling (AUS)
A primeira chamada acontece hoje, às 14h30 de Brasília (7h30 no Tahiti). Acompanhe as atualizações.
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