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Jeremy é campeão no Tahiti

 

 
Impecável, Jeremy Flores é campeão do Billabong Pro Tahiti 2015. Foto: WSL

Jeremy Flores vence Gabriel Medina e é o campeão do Billabong Pro Tahiti 2015!

Voltando de lesão, o francês comeu pelas beiradas e cresceu no último dia de competição. No Round 5, eliminou Wiggolly Dantas nos minutos finais; nas quartas de final, venceu Kelly Slater com outra virada na última onda; confiante, passou por CJ Hobgood por combinação nas semis. Na grande final, encontrou pela frente um aparentemente imbatível Gabriel Medina – que surfava em altíssimo nível durante todo o evento.

Em um mar bagunçado e com séries demoradas, Jeremy precisou de poucos minutos para surgir do além em uma onda grande da série, e descolar intimidantes 9.87 pontos em sua primeira onda surfada. Gabriel permaneceu com menos de 1 ponto no somatório até os 15 minutos finais de disputa, quando achou algumas intermediárias e descolou 7.17 e 6.03 pontos. Pouco depois, Jeremy respondeu com 7.00 pontos e acabou com as esperanças do brasileiro. Precisando de 9.71 e sem a prioridade, Medina viu os minutos finais passarem e entregou a Jeremy Flores o bastão de campeão do Billabong Pro Tahiti. 

Apesar da derrota, Gabriel Medina conquistou seu melhor resultado na temporada e mostrou que está de volta, surfando em ótima forma. Com eliminações precoces e resultados inesperados, o ranking do WCT está completamente aberto para decisão nas últimas etapas da temporada.

Abaixo, confira o relato de tudo o que aconteceu nesta terça-feira em Teahupoo, no Tahiti.


Acima, o ranking atualizado do WSL Championship Tour 2015

Semifinais: Medina atropela Owen; Flores pára CJ

Em uma das baterias mais esperadas do evento, os goofyfooters Gabriel Medina e Owen Wright se enfrentaram na primeira disputa por vaga na grande final.

Depois de 10 minutos sem qualquer onda surfada, Medina e Owen passaram a batalhar pelas intermediárias. Medina abriu na frente com 7.00 pontos e ganhou confiança para seguir somando. Na tentativa seguinte, saiu limpo de um tumbo fundo, descolou 8.73 e colocou o australiano em combinação faltando 17 minutos para o fim. 

A resposta de Owen veio pouco tempo depois em um tubo espumado – avaliado em 6.53 pontos. Na onda de trás, Medina respondeu com 7.90 pontos e voltou para o outside a tempo de recuperar a prioridade. O brasileiro aumentou a liderança e manteve Owen em combinação e emocionalmente abalado, garantindo mais uma vitória convincente e a vaga na grande final do Billabong Pro Tahiti.

Seu adversário seria conhecido na bateria seguinte, entre CJ Hobgood e Jeremy Flores. O experiente norte americano optou desde o início por manter-se ocupado nas intermediárias enquanto Flores esperou pela boa da série. Apenas a 10 minutos para o fim, Jeremy pegou sua primeira boa onda e assumiu a liderança com 7.83 pontos. Sem a prioridade, o francês passou a aproveitar as intermediárias e logo aumentou a diferença (com 8.03) e decretou a eliminação de CJ por combinação, solidificando a boa forma e garantido a vaga na grande final.

Em seu último evento como surfista profissional em Teahupoo, CJ Hobgood garantiu seu melhor resultado desde 2013 e de quebra levou o prêmio Andy Irons Most Commited Performance Award 2015 – entregue para o surfista mais "atirado" do evento.

 
CJ leva o prêmio AI de 2015. Foto: Reprodução

Quartas de final: Owen, Medina, CJ e Jeremy vencem; Slater fora!

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As ondas reagiram logo na primeira bateria das quartas de final, proporcionando ótimos tubos para a disputa entre Owen Wright e Ítalo Ferreira. O mais destemido de todo o evento, Ítalo permaneceu ativo desde o início e logo assumiu a liderança com 8.67 e 7.27 pontos. Mas Owen Wright esperou pela boa e a cinco minutos do fim usou de toda sua técnica e confiança para garantir 9.43 pontos e a primeira vaga na semifinal.

Gabriel Medina entrou na água pela primeira vez no dia pela segunda bateria das quartas. Contra Kai Otton, o campeão mundial soube aproveitar as poucas oportunidades que surgiram para garantir a vitória. Com 7.17 e 4.50, logo assumiu a liderança. A 5 minutos do fim, Medina saiu de um tubo fundo, passou literalmente por cima de Kai Otton e aumentou a vantagem com 8.50, garantindo a vaga contra Owen Wright nas semifinais.

Na bateria seguinte, CJ Hobgood voltou a fazer milagre para seguir vivo no seu último evento como surfista profissional em Teahupoo. Contra Josh Kerr, conseguiu 7.40 pontos na última onda para avançar novamente para as semifinais de um evento do WCT – a última vez havia sido em Fiji, em 2013.

Na última bateria das quartas, Kelly Slater e Jeremy Flores brigaram onda por onda pela última vaga nas semis. Com notas 8.33 e 7.33, Kelly levava a melhor nos detalhes e tudo indicava que garantiria a vaga nas semis. Até que, a menos de cinco minutos para o fim, Jeremy mostrou porque é considerado um dos favoritos em ondas de consequência e deslizou para dentro de um tubaço para garantir a virada com 8.23 pontos, deixando o 11x campeão mundial atrás de 8.51 para virar. A onda não veio e Slater deu adeus ao Billabong Pro Tahiti. 

Round 5: Toledo irreconhecível, Ítalo nas quartas

O dia amanheceu com o mar bagunçado e poucos bons tubos a disposição em Teahupoo. 

Filipe Toledo x Ítalo Ferreira

Na primeira do dia, em bateria brasileira, Filipe Toledo pareceu irreconhecível contra o rookie Ítalo Ferreira. Após perder a prioridade em erro bobo no outside, Filipinho mostrou-se nervoso e não surfou sequer uma onda durante toda a disputa. Enquanto isso, Ítalo permaneceu ativo, pegou boas no inside e somou 15.00 pontos para avançar confiante para as quartas.

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Bruno Santos x Kai Otton

Na disputa seguinte, foi a vez do wildcard do evento, Bruno Santos, dar adeus a competição contra o experiente australiano Kai Otton, em mais uma bateria de poucos tubos clean a disposição. Os surfistas optaram pelas intermediárias, que renderam bons tubos. A cinco minutos do fim, precisando de 3.23 pontos para virar, Kai achou a melhor onda da bateria: 7.83 pontos para deixar Bruninho atrás de 8.77 para virar. O brasileiro logo respondeu com 7.03, e a 30 segundos do fim perdeu a chance da virada ao cair em um air drop precisando de 6.48 para a classificação.

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CJ Hobgood x Aritz Aranburu 

Wiggolly Dantas x Jeremy Flores

Depois de bateria disputada entre CJ Hobgood e Aritz Aranburu (vitória de CJ, 14.36 x 14.00), Wiggolly Dantas e o francês Jeremy Flores brigaram pela última vaga nas quartas de final. Com 7.40 e 5.83, Wiggolly permanecia na liderança até 5 minutos para o fim, quando Jeremy, precisando de apenas 5.23 pontos, descolou 5.37 e deixou o brasileiro precisando de 5.98 para virar. Não deu para Guigui e Jeremy Flores ficou com a última vaga para as quartas de final.

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