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sexta-feira, 26 julho, 2024
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Medina puxa o limite em J-Bay


Gabriel Medina reencontra o caminho dos aéreos nas direitas de Supertubes. Foto: WSL / Kelly Cestari

Por Felipe Fernandes

As ondas menores não impediram que a organização do J-Bay Open finalizasse as baterias pendentes do Round 3 na manhã desta terça-feira, em Supertubes, Jeffreys Bay, África do Sul. 

Dos cinco brasileiros que foram para água, o único derrotado caiu em um confronto homem-a-homem entre brasileiros. 

Comandado pelo ataque fatal do atual campeão mundial Gabriel Medina – que voltou a brilhar ao tirar três notas acima de 9 e anotar o maior somatório do dia (19.07), Adriano de Souza eliminou o californiano Dane Reynolds, Wiggolly Dantas derrubou o bicampeão do evento e favorito Joel Parkinson, e Alejo Muniz fechou o dia com uma vitória sobre o compatriota Filipe Toledo.

As condições não estavam fáceis, principalmente nas primeiras baterias do dia. Além do leve maral, todas as ondas terminam praticamente em cima das pedras, o que exigiu comprometimento e uma escolha de ondas precisa. 

WIG-GOLLYAS VENCE GUERRA NO OUTSIDE

O dia começou com duas vitórias brasileiras seguidas. Wiggolly Dantas foi o primeiro a entrar na água, contra o australiano Joel Parkinson. Guigui ficou mais para a esquerda do pico e surfou paredes mais em pé, enquanto Parko posicionou-se mais pra cima e apostou nas ondas longas, que corriam rápido na bancada. 

Wiggolly trabalhou muito bem suas ondas e impressionou os juízes com poucas e boas manobras. Atacou o lip com pressão e abriu seus clássicos arcos de backside para eliminar o australiano campeão mundial de 2012, bicampeão em Jeffreys e um dos favoritos ao título.

LÍDER SEGUE NO CONTROLE

Em seguida, um dos confrontos mais esperados da terceira fase reuniu a competitividade de Adriano de Souza e o “espírito rebelde” de Dane Reynolds. O brasileiro mostrou-se mais estrategista e não deu muitas chances ao californiano de Ventura. Mineiro apresentou um surf dinâmico e botou Dane pra correr atrás do resultado desde o início. Anotou 6.17 e 7.00 nas suas melhores ondas. Dane reagiu nas suas duas últimas ondas com 4.93 e 6.97, mas continuou atrás e foi eliminado. 

O californiano não conseguiu se empolgar com as ondas e, na entrevista pós-bateria, confirmou o que sua linguagem corporal durante o duelo já mostrava, dizendo-se frustrado e desanimado de competir naquelas condições. 


Adriano de Souza se encaixa bem nas marolas de Jeffreys Bay. Foto: WSL / Kelly Cestari

MEDINA VOLTA A BRILHAR

Duas baterias mais tarde, foi a vez de Gabriel Medina resgatar um brilho que não se via há tempos. Depois de um início de temporada ruim, o atual campeão mundial parecia ter recuperado sua vontade de vencer. Voltou a aplicar seu jogo aéreo e deixou o australiano Matt Wilkinson em uma encruzilhada quase sem saída ao anotar 9.47 e 9.60, e se dar ao luxo de descartar 9.07. 

Apesar de dispensar o estilo e a fluidez, Wilko conectou várias batidas seguidas de backside e conseguiu impressionar os juízes para tirar 9.57, mas não desenvolveu bem nas outras oportunidades e acabou eliminado.  

ALEJO QUER MAIS

O wildcard Alejo Muniz e o vice-líder do ranking Filipe Toledo encerram as ações desta terça-feira, em uma bateria marcada pelas poucas séries e apenas três ondas surfadas por cada surfista. O fato de já ter garantido a vaga no WCT na próxima temporada não diminuiu a sede de vitória de Alejo. Após um início de bateria disputado, com 8.03 para o catarinense e 8.33 para Filipinho, o vice-líder descolou 6.67, e ampliou em seguida com 8.90.

A situação de Alejo era complicada, mas a onda salvadora, uma das maiores do dia, brotou no outside. Alejo não alisou nas manobras e encheu os olhos dos juízes com seus clássicos power turns até o inside, que lhe renderam 9.80 e a vitória sobre Filipinho. 

Quem também avançou nesta terça-feira foram os favoritos Mick Fanning e Kelly Slater, além de Keanu Asing e Michel Bourez. 

CHAMADA E PREVISÃO

A previsão aponta indica que a quarta-feira deve continuar com umaa mistura de swells, com a vantagem do vento favorável durante o dia inteiro. 

Existe um swell de proporções médias nos últimas dias da janela de espera, mas ainda não é possível confirmar a sua real qualidade. Ele está sendo monitorado. 

A próxima chamada acontece madrugada de quarta-feira, às 2h40 no horário de Brasília. Fiquem ligados!

Confira abaixo os resultados do Round 3 e as baterias do Round 4

 

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