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RAIO X: J-Bay Open

Por Kevin Damásio

No sul de Cape St. Francis descansa a esmeralda sul-africana, uma das ondas que melhor combina perfeição e extensão. “Swells de inverno gerados no mitológico Roaring 40s [zona de fortes ventos no oceano austral] marcham para a costa em hipnótica procissão, e ondas de 10 pés rodam nos picos de Jeffrey’s com tamanha uniformidade e precisão que parecem praticamente serem feitas em máquina”, escreve o jornalista Matt Wharsaw em Encyclopedia of Surfing. 

J-Bay era um segredo bem guardado e indomado até o fim dos anos 1960. Surfista pioneiro, o sul-africano John Whitman o descobriu em 1959, mas os primeiros a lançarem a sorte na direita esverdeada, cinco anos depois, foram Gus Gobel, Brian McLarty e outros locais de Cape Town. A velocidade da onda, entretanto, os impedia de acompanhar as longas paredes de Supertubes, o principal pico de J-Bay, a bordo de pranchões 9’6’’.

Em 1984, Supertubes entrou para o WCT. Mark Occhilupo, aussie rookie na elite, então com 18 anos, foi o melhor. Até hoje, é o único goofy campeão do J-Bay Pro. Na época, Durban era o foco sul-africano do Tour. Supertubes retornou à elite apenas em 1996. Quem levou foi Kelly Slater, maior domador de J-Bay desde os anos 1990, ao lado de Tom Curren. Em 1998, Supertubes retomou o protagonismo, mantido até 2011.

De volta ao calendário em 2014, a etapa é dominada por regulars. Além do tetracampeão Slater, os australianos destacam-se no evento. O impecável surf de borda rendeu títulos a Mick Fanning, Taj Burrow e Joel Parkinson. Bicampeão, Jordy Smith é a esperança local.

Entre os brasileiros, Adriano de Souza é a principal aposta. Ele foi campeão no WQS em Supertubes de 2012. Gabriel Medina, de backside, e Alejo Muniz, de frontside, já se deram bem. Filipe Toledo, por sua vez, tem potencial para ser o melhor também em ondas de linha. Além disso, o estilo de Wiggolly Dantas e o pé pesado de Ítalo Ferreira despertam curiosidade. Que a tempestade chegue à África do Sul!

Esta matéria foi originalmente publicada na HARDCORE 308, de julho de 2015.

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