Por Felipe Fernandes
Após cinco dias de folga, o Fiji Pro começou na manhã desta sexta-feira (tarde de quinta-feira, 11/06, no Brasil) com cinco brasileiros garantindo vaga na terceira fase.
Alejo Muniz, Wiggolly Dantas, Gabriel Medina, Jadson André e Italo Ferreira venceram na estreia e pulam a repescagem (Round 2). Quem levou a pior foram os paulistas Miguel Pupo e os atuais líder e vice-líder do ranking, Adriano de Souza e Filipe Toledo, respectivamente, que não se encontraram nas seções incertas de Cloudbreak.
ALEJO SUPERA FREGUÊS KELLY SLATER
O dia começou com séries de 4 pés e a organização preferiu aguardar o swell ganhar tamanho. O evento permaneceu em “stand by" até as 9h, quando foi confirmado o início às 9h45.
Apesar da melhora, os tubos longos e perfeitos de Cloudbreak não deram as caras na abertura da quinta etapa da temporada. As extensas paredes exigiram um ótimo posicionamento e uma escolha cirúrgica de ondas pelos Tops.
As disputas tiveram início com uma bonita apresentação do wildcard Alejo Muniz, que, assim como no Pipe Masters de 2014, derrotou ninguém menos que o 11x campeão mundial, Kelly Slater, além do californiano Kolohe Andino – que parece não deslanchar.
Alejo, rebaixado ao WQS no final de 2014, tem uma ótima oportunidade de garantir importantes pontos no ranking para voltar à elite, já que os resultados do WCT são contabilizado na divisão de acesso a partir desta temporada.
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Alejo Muniz despacha Kelly Slater para repescagem. Freguesia começa a tomar corpo em favor do brasileiro. Foto: WSL/Kirstin
Na terceira bateria do dia, Wiggolly Dantas levou a melhor sobre os australianos Jay Davies e Josh Kerr, que competiu com pontos na testa depois de se contundir ao dar uma cabeçada na prancha durante freesurf na última segunda-feira.
A expectativa era grande para a apresentação de Jay Davies. As habilidades do australiano em direitas pesadas já foram apresentadas aos Tops durante o Margaret River Pro, em The Box. Davies fez bonito e travou um duelo disputadíssimo com o brasileiro Wiggolly Dantas, que domina como poucos tubos para a esquerda. O brasileiro levou a melhor; 13.84 contra 13.17 Davies. Josh Kerr teve uma bateria apagada e terminou na lanterna com 8.50.
LÍDERES FILIPE TOLEDO E ADRIANO DE SOUZA NA REPESCAGEM
Outro que não se achou em Cloudbreak foi Filipinho. Na bateria seguinte, o ubatubense e o convidado Dane Reynolds tiveram dificuldades para se posicionar e não ofereceram resistência à vitória de Adrian Buchan.
Após ver Mick Fanning vencer sua bateria, Adriano de Souza e o local Inia Nakaleve levaram uma dura do australiano Kai Otton e terminaram a bateria precisando de uma combinação de resultados para virar o placar.
MEDINA DESENCANTA
O paulista Gabriel Medina finalmente parece ter recuperado a boa forma apresentada em 2014. O paulista foi o único surfista a quebrar a barreira do 9 pontos no primeiro dia de evento. Com 9.27 e 7.90, o brasileiros fechou a bateria com Jeremy precisando de 9.70 e CJ Hobgood enforcado em uma combinação de notas.
Na bateria seguinte, foi a vez do californiano finalista de 2014, Nat Young, passar por cima do paulista Miguel Pupo e do Irlandês Glenn Hall, segundo e terceiro colocados respectivamente.
JADSON IS ON FIRE
Com uma das melhores performances do dia, o potiguar Jadson André soube usar bem a prioridade para pegar as melhores ondas, cravar 7.50 e 7.60 e derrotar os australianos Adam Melling e Julian Wilson, ambos escalados para a repescagem.
Quem também representou muito bem o Rio Grande do Norte foi Italo Ferreira. Com arcos amplos e um ótimo trabalho de bordas, o brasileiro derrotou o estiloso e sempre favorito, Joel Parkinson, que apostou nos tubos do inside e perdeu por uma pequena diferença. O havaiano Freddy Patacchia ficou em terceiro.
PREVISÃO DE ONDAS E NOVA CHAMADA
A previsão mostra que o swell deve manter este tamanho no sábado (sexta-feira no Brasil) e oferecer boas condições para mais um dia de competição.
Uma nova chamada acontece nesta sexta-feira, às 16h30 (horário de Brasília). Fique ligado!
Confira abaixo os resultados do Round 1 e as baterias da segunda fase
