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Rio Pro: Tempestade na Barra

 


Assista aos highlights do primeiro dia de ação na Barra da Tijuca!

Por Felipe Fernandes

A terça-feira foi boa para os brasileiros no Oi Rio Pro 2015. Wiggolly Dantas, Gabriel Medina, Italo Ferreia, Jadson André, Filipe Toledo e o líder do ranking Adriano de Souza mandaram bem nas na ondas entre 4 a 6 pés do Postinho e avançaram direto ao Round 3. Já Miguel Pupo e os wildcards David do Carmo e Alex Ribeiro encaram a repescagem. 

Contrariando as previsões, o vento sudoeste que deveria soprar desde as primeiros horas do dia entrou apenas na parte da tarde, e possibilitou a realização da primeira fase em ótimas condições de surf na Barra da Tijuca. 

SLATER MAGIC

Após a vitória de Jeremy Flores na primeira bateria do dia, Kelly Slater mostrou muita sintonia com as ondas da do Postinho. O 11x campeão mundial apostou nas direitas e achou dois tubos excelentes para somar 9.50 e 9.77, e avançar com o somatório do dia – 19.27. Slater ainda se deu ao luxo de descartar 8.07 e 7.33. Adrian Buchan terminou em segundo com 12.06 e Ricardo Christie na lanterna com 11.76. 


Kelly Slater vence com maior somatório da primeira fase. Foto: WSL / Daniel Smorigo

O primeiro brasileiro a entrar na água foi Wiggolly Dantas. A vontade nas ondas pesadas do Postinho, o ubatubense conseguiu dois tubos para esquerda nos primeiros dez minutos de bateria para derrotar o veterano americano CJ Hobgood e havaiano John John Florence, campeão deste evento em 2012. 

Na disputa seguinte, Gabriel Medina, Alejo Muniz e Fred Patacchia sofreram para encontrar as ondas boas. Gabriel Medina se destacou no início da bateria com dois pequenos tubos para a esquerda e avançou. Alejo, que compete como substituto de Michel Bourez, busca sua reclassificação ao WCT e precisa de um bom resultado, já que após a mudança das regras da WSL, a pontuação acumulada nas etapas da elite também são válidas pelo ranking WQS.

Na quinta bateria da primeira fase, Ítalo Ferreira deu um nó nos adversários e abriu grande vantagem sobre tricampeão mundial Mick Fanning e sobre o paulista Alex Ribeiro, convidado por ser o melhor surfista do WQS não integrante da elite. Com 7.00 e 7.07, Italo deixou Mick precisando de 8.57 e Alex em combinação para avançar direto ao Round 3. 

MINEIRO: LÍDER APAVORA

No sexto duelo, foi a vez do líder Adriano de Souza fazer sua parte no Postinho. A lycra amarela parece ter dado mais energia ao brasileiro. Mineiro abriu a bateria com duas manobras fortes em uma esquerda para abrir com 8.17. 


Adriano de Souza apavora na primeira fase e avança direto ao Round 3. Foto: WSL / Cestari

Após somar 8 pontos e liderar a bateria inteira, Mineiro encontrou uma onda da laje, pegou uma tubão para cravar 9.73 ao sair após a baforada. Kai ainda pegou um belo tubo para a esquerda avaliado em 8.77, mas não conseguiu um backup. O brasileiro David do Carmo se jogou para dentro dos maiores tubos da bateria, mas foi massacrado por todos eles e ficou na lanterna. 

Na bateria seguinte foi a vez de Jadson André garantir mais um brasileiro na terceira fase. O potiguar manteve-se ativo durante toda a bateria. Abriu bem com 6 pontos, mas foi apenas no últimos dez minutos que construiu seu placar, ao encontrar duas esquerdas conectadas da laje para destruir o lip com pauladas de backside e avançar com 6.27 e 7.77. O australiano Josh Kerr e o havaiano Dusty Payne não se acharam no mar e terminaram na segunda e terceira colocação, respectivamente. 

Três bateria mais tarde foi a vez de Filipe Toledo manter a sequência de vitórias brasileiras no Oi Rio Pro. Depois de ver Kolohe Andino largar com 6.93 em um aéreo, o ubatubense residente da Califórnia passou a correr atrás do resultado. Filipinho encontrou uma direta espumada e manobrou forte para descolar 6.57. Daí para frente, Filipinho apostou nos aéreos e, após errar alguns, fechou seu somatório com um full rotation de backside muito amplo, avaliado em 9.70. 


Filipe Toledo consegue virada com aéreo full rotation de backside. Foto: WSL / Kelly Cestari

O paulista Miguel Pupo não se deu bem na penúltima bateria da primeira fase, e terminou como o único integrante brasileiro da elite a cair para a repescagem. Em uma bateria de scores baixos motivados pelas condições ruins das ondas, Miguel acabou superado pelo rookie Matt Banting na bateria que terminou com Julian Wilson na última colocação. 

O evento masculino deu espaço para as mulheres após a última bateria da primeira fase. 

PREVISÃO E CHAMADA

A previsão indica que as ondas devem ganhar bastante tamanho na tarde desta terça-feira, e podem atingir 8 pés na manhã de quarta-feira. Assim como hoje, o vento deve entrar na parte da tarde, atrapalhando a formação das ondas. 

Uma nova chamada acontece nesta quarta-feira, às 7am (horário de Brasília). 

 

 

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