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“Quero ser campeão mundial de surf”

 


"Eu tinha uma ambição na cabeça de levar o Brasil no topo do mundo da ASP, porém, o Medina conseguiu isso. Agora, quero ser o primeiro campeão brasileiro pela WSL (risos)". Foto: Ryan Miller / Red Bull

Recuperado da lesão e pronto para a estreia da temporada 2015 da WSL, Adriano de Souza conversou com a Red Bull sobre sua preparação, expectativas e motivações para o ano.

Abaixo, leia na íntegra a entrevista publicada no site da marca (ou clique aqui para ler a matéria original):

A menos de uma semana para o início do Quiksilver Pro Gold Coast, Adriano de Souza corre contra o tempo para voltar ao seu rítmo ideal de competição. Há três meses ele se recupera da lesão que o tirou do Billabong Pipe Masters, em dezembro do ano passado. Hoje ele diz estar 100% fisicamente e pronto para mais um ano em busca do título mundial. O primeiro passo para alcançar o bicampeonato brasileiro será dado no próximo sábado, quando enfrenta Filipe Toledo e Dusty Payne na oitava bateria do Quik Pro.

Batemos um papo com Mineiro antes do início da perna australiana, onde ele nos conta alguns de seus planos para a temporada. Confira na entrevista exclusiva, logo abaixo: 


Fala Mineiro, o que tem feito nestes primeiros meses do ano?

Passei no Havaí alguns dias no começo de fevereiro e cheguei na Austrália no dia 16. Consegui pegar umas boas ondas no fim dos meus dias no arquipélago e, logo na chegada na Austrália, consegui pegar um bom swell antes do campeonato.


Você comentou que não competiria a tríplice coroa para se recuperar da lesão e voltar 120% em 2015. Está mais do que 100% recuperado? Como foi esse período fora da água?

Foram dias difíceis, mais tive que aceitar o que Deus reservou para mim. Fiquei com a minha família durante esse período. Sempre estive muito ausente nesses últimos anos e, com essa lesão, foi um momento que pude curtir eles e, ao mesmo tempo, fiz um tratamento intensivo para conseguir me recuperar. Hoje me sinto bem, mas perdi muito a mobilidade e a agilidade de antes, pois foi muito tempo parado. Agora tenho que correr atrás do tempo e espero ganhar isso novamente antes do primeiro campeonato do ano.


Dos três eventos que vem pela frente, na Austrália, qual você considera o mais fácil e mais complicado de conseguir um bom resultado?

Eu acho que todos são difíceis. Hoje, não existem eventos que você é favorito. Terá um trabalho longo e doloroso em todos eles. Além disso, todos que estão no Tour merecem estar lá e estão surfando muito bem. Portanto, estarei competindo com os melhores do planeta. Mas se eu tiver que escolher um que seja o mais difícil, esse seria o de Margaret River.


Onde você vai ficar hospedado para o Quik Pro? 

Eu fico na casa de uma amiga, é a mesma há 10 anos. Me sinto em casa e super bem com apoio dela e do seu marido. Isso me deixa com um bem estar familiar em volta de mim que acho extremamente necessário. Por isso acabo ficando longe dos outros brasileiros e só nos encontramos no freesurf ou no campeonato.


Sobre o seu quiver para a perna australiana, quantas pranchas você levou do Brasil? Mudou alguma coisa em relação ao quiver do ano passado? 

Eu trouxe 13 pranchas e todas foram feitas para a perna australiana. São diferente do ano passado, mas isso me deixa mais ansioso e com vontade de ir para o mar, provar todas elas e descobrir qual será a prancha dos eventos.


Nessa época do ano (como em todas as outras), sabemos que os picos costumam ser bastante crowd na região. Mesmo assim, você faz sua sessão de freesurf todos os dias? Onde costuma surfar?

Eu surfo só na região do campeonato e sei que é ali que eu tenho que estar preparado. Meu foco é Snapper e dou muita importância para isso.


O que você costuma fazer na Gold Coast quando não está surfando?

Eu uso a estrutura da cidade. Aqui eles têm uma boa academia, uma orla muito bonita para caminhar e correr. Ou seja, agora que é começo de temporada, tenho que estar 120% e sempre tentar chegar no dia do campeonato no meu melhor. Claro que não dispenso um passeio ou um jantar com meus amigos, quando dá tempo.


Em 2012, você fez a final contra o Taj e o título não veio por muito pouco. Ano passado, ficou na semi. O que é preciso para ir bem em uma direita rápida como a de Snapper?

Além de talento, é preciso muito treino e também muita sorte. Sempre me dedico para a perna australiana do circuito e sempre vieram resultados bons. Agora tenho que me dedicar dez vezes mais do que no passado para melhorar esses resultados. Espero que dê tudo certo.


Com o título de Medina no ano passado, sua motivação continua a mesma pelo mundial? 

A motivação se tornou diferente, mas dizer que diminui, jamais. Acho que até aumentou. Eu tinha uma ambição na cabeça de levar o Brasil no topo do mundo da ASP, porém, o Medina conseguiu isso. Agora, quero ser o primeiro campeão brasileiro pela WSL (risos). Minha motivação pessoal é a mesma ou até maior. Quero ser campeão mundial de surf.


Tem alguma trip programada entre as etapas australianas? Algum plano de conhecer algum lugar diferente por ai?

Não, esse ano o foco será total em eventos. Quero realmente focar nos campeonatos do WCT. Por enquanto, estou sem viagens programadas ainda. Mas, se a Red Bull vier com alguma ideia para ir em algum lugar diferente, estou dentro!  

*Fonte: Red Bull

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