Por Felipe Fernandes
O brasileiro Gabriel Medina venceu sua bateria de estreia no Billabong Pipe Masters e avançou direto ao Round 3 em Pipeline, Hawaii. Seu principal concorrente na disputa pelo título, Mick Fanning também garantiu a classificação, enquanto Kelly Slater, o terceiro com chance, caiu para a repescagem e precisa vencer.
O swell de quadrante norte continua na área, mas perdeu intensidade nesta sexta-feira e favoreceu os regulares com ótimos tubos de pico para Backdoor.
MEDINA NO ROUND 3
Gabriel Medina encarou o aussie Dion Atkinson e o expert em Pipeline Reef McIntosh, vencedor da triagem. Em uma bateria de poucas séries boas, o brasileiro começou as ações e apostou nas ondas do inside para liderar a bateria do início ao fim com 8.83.
Reef até ofereceu perigo ao anotar 4.17, mas morreu dentro dos tubos e não conseguiu uma segunda nota. Dion não entrou em sintonia com o mar e terminou na lanterna.
MICK FAZ SUA PARTE
O aussie Mick Fanning passou um sufoco na estreia. Mick não demorou para somar 12.16 e se isolar na liderança. Depois de passar a maior parte de bateria sem dropar nenhuma onda, Aritz Aranburu desceu uma longa direita e passou por dentro de várias placas para descolar 9.27 e fazer o coração dos australianos quase parar.
Apesar do susto, Aritz não encontrou outra onda e terminou na segunda colocação. Já Makai McNamara, não repetiu as boas atuações das triagens e amargou a última posição.
SLATER TROPEÇA EM ADAM MELLING
Kelly Slater foi outro que dominou a maior parte da bateria, mas assistiu uma reação impressionante do australiano Adam Melling e levou a virada nos cinco minutos finais, com direito a um belo expresso para Backdoor avaliado em 8.90.
A derrota de Slater o deixou em situação complicada. Para o 11 vezes campeão mundial, apenas a vitória interessa na próxima bateria. Além de ganhar, Kelly precisa torcer pelo tropeço de Medina se quiser continuar com chances de conquistar seu 12a título mundial, já que uma vitória do brasileiro acaba com as chances do Careca.
Outro brasileiro que se deu bem nesta sexta-feira foi o catarinense Alejo Muniz. O local de Bombinha passou a maior parte da bateria atrás do compatriota Filipe Toledo, mas conseguiu a virada nos instantes finais com um belo tubo para Backdoor, avaliado em 9.17 pelos juízes.
Além de Filipinho, Miguel Pupo, Jadson André e Raoni Monteiro perderam e encaram a repescagem. Confira abaixo as baterias do Round 2.
PREVISÃO E CHAMADA
A previsão aponta uma alta significativa do swell para o sábado e domingo, e se o vento colaborar, o evento pode recomeçar com condições clássicas de até 15 pés.
Uma nova chamada acontece neste sábado, às 15h15, no primeiro Journal Report do Hawaii no site da HARDCORE. Fique ligado!
AS CHANCES DE MEDINA
Caso Medina termine em…
13º colocado (Round 3) – Caso Medina nao venca nenhuma bateria, Mick Fanning não pode chegar às quartas. Se for eliminado justamente nas quartas, Mick empata na liderança e uma bateria homem-a-homem incendiará as areias de Pipeline para definição do novo campeão mundial. Já Kelly Slater volta a ter chances de título, precisando vencer a etapa e torcer para que Fanning não chegue à grande final.
9º colocado (Round 5) – Se Gabriel for derrotado no Round 5, Mick não pode passar das semifinais. Kelly eliminado.
3º ou 5º colocado (semis e quartas) – Caso o brasileiro pare na semifinal ou quartas de final, o atual campeão mundial Mick Fanning não pode vencer em Pipeline. Kelly Slater eliminado.
Campeão/Vice – Mick Fanning e Kelly Slater eliminados. Medina campeão do ASP World Tour 2014.

