O brasileiro Alejo Muniz luta para garantir vaga na elite em 2015. Foto: Márcio Alonso
Depois de um ano difícil na elite do surf mundial com lesões e resultados ruins, o catarinense de Bombinhas Alejo Muniz ocupa a 29ª colocação do ranking e enfrenta dificuldades para conseguir a reclassificação para a próxima temporada.
Tendo como melhor resultado um quinto lugar na etapa de Jeffreys Bay, na África do Sul, Alejo está em Maresias para competir a etapa Prime e tentar uma requalificação pelo WQS. Depois do Brasil, o surfista segue para o Hawaii onde costuma ter bons resultados, para competir as duas últimas provas com nível máximo do WQS. E também em PIpeline, no fechamento da ASP em 2014.
Alejo também foi o único surfista do Tour a perder duas etapas por lesão na temporada (Bells Beach e Margaret River). O brasileiro ainda tem chances de conseguir a vaga oferecida pela ASP ao final do circuito, e já estuda usar esta opção caso seja necessário.
Ouvimos Alejo nos bastidores do O’Neill SP Prime para saber como ele analisa a temporada e as suas chances de permanecer na elite em 2015. Confira:
HARDCORE ENTREVISTA ALEJO MUNIZ
Como foi seu ano competitivo?
Eu tive boas performances no WCT este ano. Fiquei de fora das etapas de Bells Beach e Margaret River, ambas na Austrália, mas fiz bons resultados em Jeffreys Bay e boas apresentações na segunda metade do ano. Às vezes, mesmo surfando bem, você acaba perdendo, mas isso também conta. Pedir muitas baterias com boas notas e isso traz confiança. Não venci, mas consegui ter boas performances.
Alejo fez boa estreia em Maresias, e com o mar pequeno arriscou bons aéreos. Foto: Márcio Alonso
Você está em uma situação complicada para garantir a vaga pelo ranking em 2014.
Eu estou em uma posição muito difícil este ano, porque eu fiquei pendurado nos dois ranking. Isso foi muito ruim para mim, porque eu não consegui treinar e me dedicar integralmente a nenhum dos circuitos. Muitas vezes quebra o ritmo da temporada você se preocupar com o cronograma apertado das competições.
Você tem como melhor resultado no WQS, 700 pontos do 25º lugar no Saquarema Prime; pelo menos até então. Você precisa de dois resultados bem melhores que este nos últimos Primes do ano. As etapas restantes do WQS podem garantir a elite?
Com a mudança de apenas cinco resultados sendo válidos pelo ranking, tudo pode mudar. O Prime de Maresias e do Hawaii são importantes. Saindo daqui eu vou correr Haleiwa e Sunset. Estas três etapas tem muito peso, e podem virar o ranking de ponta cabeça.
Você foi o único surfista neste ano que perdeu duas etapas por lesão. Caso não consiga a vaga pelos rankings, você acha que pode ganhar a vaga destinada aos lesionados?
Eu ainda não ouvi falar nada e espero não precisar dessa vaga. Mas se eu chegar no final do ano e não conseguir, com certeza vou entrar com o pedido. Além das duas etapas, eu machuquei o joelho no Tahiti e quase não consegui surfar o segundo round. Eu tenho essa possibilidade, mas não estou contando com ela. Vou com tudo neste final de ano.