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WCT: Os 10 melhores aerealistas

Por Felipe Fernandes
Fotos ASP

O surf tem passado por uma revolução nas últimas décadas, não só na profissionalização dos atletas, mas também na questão da performance: principalmente nos aéreos. A manobra é de longe a que mais evoluiu nos últimos tempos, e esta evolução não parece parar por aí. Todos os anos, grommets da nova geração chocam o mundo com variações que até então pareciam impossíveis e nem seus maiores ídolos são capazes de completar.

No começo do anos 80, enquanto todos se esforçavam para impressionar os padrões impostos pelos juízes, Christian Fletcher começou a mandar manobras acima do lip com voos nunca antes vistos pela massa surfística. Sem perceber, o americano introduziu nos campeonatos a manobra que mudaria a trajetória do esporte. 

Depois de alterar as regras e aumentar a valorização dos aéreos na década passada, recentemente a ASP recuou da medida em uma atitude que foi muito criticada. Enquanto alguns afirmavam que a entidade estava barrando a evolução alcançada pelo snowboard, skate e wakeboard, outros acreditam que a desistência serviu para preservar a carreira de alguns medalhões do WCT que não são especialistas na manobra. O aéreo é uma carta na manga para os competidores e, mesmo depois da ASP voltar atrás privilegiando a variação de manobras, os aereos são cada vez mais indispensáveis para qualquer competidor de ponta. 

Pensando nisso, o eleitorado da HARDCORE elegeu os dez melhores aerealistas do WCT.

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10 Miguel Pupo

Nascido em Itanhaém, litoral Sul de São Paulo, Miguel passou a maior parte da adolescência na praia de Cambury, onde desenvolveu e apurou a técnica para as decolagens. Herdeiro do talento do pai Wagner Pupo, ex-competidor, Miguel chegou ao WCT apontado como um dos melhores aerealistas da atualidade por completar quase todos os aéreos.

9 Adriano de Souza 

O brasileiro Adriano de Souza tem na constância dos aéreos uma das melhores armas. Seja na primeira manobra da onda, ou na pequena junção para arrancar os últimos pontos dos juízes, Mineirinho acerta a maior parte dos voos. 

8 Kolohe Andino

Apontado como uma das maiores apostas dos EUA, Kolohe sempre voa com muito estilo. Seus aéreos de frontside foram a principal carta na manga nos momentos mais decisivos da carreira. Com duas vitórias seguidas em WQS no Brasil (Arpoador e Ubatuba) usando seus aéreos, Kolohe conseguiu a classificação para o Circuito Mundial. Estes mesmos aéreos o levaram ao segundo lugar na etapa brasileiro do WCT em 2014, melhor resultado da carreira no Tour.  

7 Kelly Slater

O único dono de 11 canecos de campeão mundial tem uma relação fora do normal com os aéreos. Segundo rumores, Kelly Slater quase não treina a manobra nas sessões de freesurf para evitar contusões, mas sua competitividade o faz completar as decolagens de uma forma quase instintiva. Nos últimos anos perdeu espaço para e nova geração por não conseguir acompanhar a evolução na variação dos voos. 

6 Filipe Toledo

Talento da nova geração brasileira, Filipinho impressionou muitos competidores quando chegou ao Tour. Os mais atentos já haviam percebido seu talento depois que o garoto de 16 anos venceu o US Open of Surfing Junior, em 2011. Em uma final decidida nos aéreos, o ubatubense superou os já badalados John John Florence, Kolohe Andino e Conner Coffin. Daí pra frente, o garoto evoluiu a passos largos e hoje completa alguns dos aéreos mais bizarros do mundo.

5 Josh Kerr

Em 2007, ano da estreia do local da Gold Coast no WCT, ele chocou o mundo ao inventar duas manobras com um enorme grau de dificuldade: o Crazy Spin e o Kerrupt Flip. Tem nos aéreos sua marca registrada. É capaz de arrancar hi-scores a qualquer momento e reverter o resultado das baterias em poucos minutos.

4 Julian Wilson

A evolução do australiano nos aéreos é acompanhada por todos desde a sua infância, quando a Quiksilver, marca que o patrocinava, fazia questão de colocar o grommet em quase todas as produções. Julian completa aéreos com um alta dificuldade; como o sushi roll (uma mistura de superman com 360) e o varial air. 

 3 Jordy Smith

O gigante sul-africano, como é conhecido, nem parece ter 1,88 metros de altura. É capaz de mandar aéreos em ondas de 2 a 8 pés, fazendo tudo parecer fácil. Jordy também é um dos poucos a completar o backflip. Sabe usar seus voos na hora certa, e não tem medo de arriscar quando é realmente necessário. No final de 2012, Jordy chocou o mundo com performances extremamente progressivas no filme Bending Colours. Por isso e muito mais, o sul-africano chegou ao pódio do nosso ranking. 

2 John John Florence

O havaiano cresceu em Pipeline e todos os anos assiste os melhores surfistas do mundo mandarem aéreos astronômicos em frente a sua casa. Talvez por isso tenha tomado tanto gosto pela coisa. Seus anos de treino nas potentes ondas do North Shore o credenciam a completar aéreos em qualquer tipo de onda. Slob, duble grab, 360, stalefish, reverse. John John é dono de uma das maiores variações de aéreos do WCT e costuma usar os voos sempre que possível, o que faz dele um dos adversários mais temidos do Tour. 


1 Gabriel Medina

Não é a toa Gabriel Medina figura no topo desta lista. Seu repertório amplo e a facilidade de voltar dos aéreos é o grande diferencial dos demais. Chegou endiabrado ao WCT e levou duas etapas apenas na segunda metade do ano. Muitos acreditam que o jovem brasileiro foi o principal responsável por fazer a ASP voltar atrás sobre a maior valorização dos aéreos. A ousadia de mandar – e completar – os aéreos sempre que precisa o elevam a outro patamar. É dono de uma auto confiança fora do normal. Quando o local de Maresias está na água, o show é garantido. Seja de back ou frontside, o paulista causa e ainda causará muitos estragos entre os melhores do mundo.   

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