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Guigui vence Prime em Saquarema

 

Por Felipe Fernandes

Em meio às difíceis condições das ondas em Itaúna, o paulista Wiggolly Dantas derrotou o jovem havaiano Keanu Asing na final do Quiksilver Saquarema Prime e assumiu a vice-liderança do ranking WQS. O brasileiro Adriano de Souza foi eliminado na semifinal, mas manteve a liderança.


Confira a galeria completa do dia final do evento

Os finalistas tiveram que ser versáteis e se adaptar à grande variação de condições durante o evento. Em onda de 4 a 6 pés na praia de Itaúna, Wiggolly e Keanu foram os autores da maiores notas do evento, ambos descolaram 9.80 nas baterias que antecederam à final. Dono de uma campanha impecável, o carismático havaiano impediu uma final brasileira ao derrotar Mineiro na semifinal. 

Local de Ubatuba, Wiggolly estava muito concentrado antes da bateria. Nas primeiras ondas da bateria, Guigui descolou 6.17 e 5 pontos. O havaiano descolou 5.60 e passou a precisar de 5.58. Keanu surfou três ondas seguidas e deixou a torcida apreensiva nos últimos minutos. 

Já na areia, Wiggolly esperou o anuncio última das três ondas (5.30, 5.47 e 5.10) e pôde finalmente soltar o grito de campeão do primeiro Prime do ano. O ubatubense embolsou US$ 40.000 e acumulou 6.500 pontos, resultado que o deixou em segundo no WQS. Ao final da temporada os 10 primeiros do ranking entram no WCT.

Há três edições nenhum brasileiro vence em Saquarema. O último campeão foi o catarinense Willian Cardoso em 2010. Kai Otton, Matt Wilkinson e Mitch Coleborn levaram três troféus seguidos para a Austrália. 

Jadson André também competiu no dia decisivo, mas terminou em quinto depois de perder para o amigo Adriano de Souza nas quartas de final da prova. Barrados nas oitavas de final da prova, Tomas Hermes e Alex Ribeiro também conseguiram importantes pontos no ranking de qualificação, e assumiram a sexta e a oitava colocação, respectivamente. 

COM A PALAVRA: O CAMPEÃO

Como foi o evento pra você? 

Deu altas ondas e quebrei quatro pranchas. Essa onda é pesada e se encaixa no meu surf. Eu estava focado. Faço treinamento físico, treino jiu-jitsu, tenho acordado todos os dias às 5 da manhã e treinado com meu irmão. Estou correndo, surfando todos os dias e me preparando. Acho que quando você treina com foco é possível alcançar todos seus objetivos.


Ganhar este Prime levou você ao segundo lugar do WQS. Como está sua cabeça e qual são seus planos para as próximas etapas? 

Ser o vice-líder é muito bom. Este ano minha cabeça, minhas pranchas e tudo está conspirando a favor. Tenho certeza que esse é o meu ano. 

Meu próxima WQS vai ser o 6 estrelas de Cabo, no México, e depois vou para África do Sul correr o Prime de Ballito. Vou correr todos os Primes este ano e dois 6 estrelas. Depois eu vou pro Hawaii como todos os anos e ficarei lá treinando nos tubos. Se Deus quiser, já quero chegar lá qualificado para fazer uma boa campanha nas duas etapas que rolam por lá, mas sem pressão nenhuma.


Sua prancha parecia mágica. Fale um pouco sobre ela.

Essa prancha é de epox. Ela flutua mais e tem um double deck na parte superior, que ajuda a dar mais velocidade e é boa para tubo. Quando o mar passa de 1 metro ou 1,5 metros eu adoro usar essa prancha. Mesmo sendo de epox, que é mais resistente, ela trincou embaixo. Quando ela quebrar vai para o meu museu de pranchas. Minha coleção tem a prancha do meu primeiro 10, tem a prancha que eu ganhei o mundial, a que eu ganhei do Andy Irons, a primeira que eu ganhei um WQS e várias outras. 


A HARDCORE está fazendo 25 anos neste mês. Algum fato marcou você nessa longa história da revista? 

Minha primeira foto do ser foi publicada na HARDCORE. Lembro que era uma cavada legal. Saiu há muito tempo. Eu tinha uns 7 anos e fiquei amarradão. 


Wiggolly quebra sequência de três vitórias australianas em Saquarema. Foto: Pedro Monteiro

 

Final

Wiggolly Dantas (BRA) 11,17 x 11,07 Keanu Asing (HAW) 

Semifinal 

1 Keanu Asing (HAW) 17.30 x 14.67 Adriano de Souza (BRA)

2 Wiggolly Dantas (BRA) 13.17 x 7.70 Billy Stairmand (NZL) 

Quartas de final

1 Keanu Asing (HAW) 13.77 x 9.93 Gony Zubizarreta (ESP)

2 Adriano de Souza (BRA) 15.67 x 7.83 Jadson André (BRA)

3 Wiggolly Dantas (BRA) 17.03 x 12.30 Ricardo Christie (NZL)

4 Billy Stairmand (NZL) 10.83 x 7.67 Charles Martin (GLP)

Ranking do ASP World Qualificarion Series 

1 Adriano de Souza (BRA) – 10.789 pontos

2 Wiggolly Dantas (BRA) – 8.630

3 Keanu Asing (HAV) – 6.566

4 Billy Stairmand (NZL) – 6.515

5 Charles Martin (GLP) – 6.036

6 Tomas Hermes (BRA) – 5.578

7 Matt Banting (AUS) – 5.029

8 Alex Ribeiro (BRA) – 4.100

9 Ricardo Christie (NZL) – 3.950

10 Nathan Hedge (AUS) – 3.870

12 Heitor Alves (BRA) – 3.808 pontos

14 Jadson André (BRA) – 3.320

15 Filipe Toledo (BRA) – 3.060

20 Peterson Crisanto (BRA) – 2.593

21 Jessé Mendes (BRA) – 2.531

23 Raoni Monteiro (BRA) – 2.400

25 David do Carmo (BRA) – 2.350

39 Hizunomê Bettero (BRA) – 1.722

44 Marco Fernandez (BRA) – 1.593

45 Ian Gouveia (BRA) – 1.590

47 Krystian Kymerson (BRA) – 1.585

55 Santiago Muniz (ARG) – 1.440

56 Caio Ibelli (BRA) – 1.410

63 Lucas Silveira (BRA) – 1.261

64 Leandro Usuña (ARG) – 1.238

72 Alejo Muniz (BRA) – 1.110

73 Michael Rodrigues (BRA) – 1.101

75 Thiago Camarão (BRA) – 1.080

78 Bino Lopes (BRA) – 1.061

80 Willian Cardoso (BRA) – 1.040

84 Messias Felix (BRA) – 1.023

85 Jean da Silva (BRA) – 1.016

89 Halley Batista (BRA) – 948

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