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ONG denuncia quadrilha dos tubarões


 

O grupo ativista do WildLifeRisk, equipe de conservação baseado em Hong Kong, China, descobriu o que eles afirmam ser um esquema ilegal de compra de tubarões no seu próprio país. Depois de três anos de investigações, o grupo fez um dossiê completo das ações manipuladas pela quadrilha. Segundo os documentos, o local processa até 600 peixes ameaçados de extinção a cada ano.

Segundo reportagem publicada no site australiano Business Insider, o sistema é alimentado por uma rede de agentes que pagam aos pescadores até US$ 30 mil por tubarão-baleia. A espécie chega aos 12 metros e pode pesar até 20 toneladas. A espécie é considerada filtradora, já que sua dieta consiste principalmente de plâncton. Eles são dóceis e popularmente conhecidos por serem uma atração para os mergulhadores.


Tubarão-baleia é o maior alvo dos bandidos. Foto: WildLifeRisk

 

A fábrica também processa com outras espécies de tubarões, incluindo o tubarão-azul e o tubarão-elefante, e produz 200 toneladas de óleo de tubarão por ano. A informação foi dada pelo próprio dono da empresa identificado apenas como Li, durante a gravação do vídeo acima. Ele também diz que precisa contrabandear pele de tubarão-baleia para fora do país.

 

Em outra parte do vídeo, um homem identificado como irmão de Li, diz que as peles dos tubarões-baleia são exportadas para países europeus como Itália e França, onde são usados por restaurantes chineses.

 

Segundo WildLifeRisk, as barbatanas grandes são secas e enviada para o Sul da província chinesa de Guangdong, onde são vendidas aos donos de restaurantes e pendurada nos estabelecimentos para atrair os apreciadores da sopa de barbatana, um prato sofisticado e considerado uma especiaria. 

 


Pescadores recebem até US$ 30 mil por tubarão. Foto: WildLifeRisk

 

No esquema ilegal nada é descartado. As peles são vendidas como couro para o comércio de bolsas e o lábio, estômago e carne viram alimento nos restaurantes. Mas o maior lucro está no óleo concentrado no fígado do tubarão, que é utilizado na produção de produtos de cuidados da pele e batom, além de suplementos com Omega-3.

 

Filmagens secretas e gravações de áudio obtidos por WildLifeRisk revelam que os tubarões-baleia presentes nos mares da Austrália, Indonésia e Filipinas, são capturados ao migrar para a costa da China.

 

Confira acima o vídeo produzido pelos ativistas durante os três anos de investigação. 


Barbatanas são secas e vendidas aos restaurantes. Foto: WildLifeRisk

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