Foto: Marcelo Freire
Por Matias Lovro
O surfista de ondas grandes Aldemir Calunga está em coma induzido, mas, segundo médicos, mantém atividade cerebral e já está sem sedativos. O potiguar de 39 anos se afogou neste domingo, 2 de setembro, ao cair em uma onda de 8 pés em Puerto Escondido, na praia de Zicatela, México, e ser atingido no rosto por sua prancha, desmaiando na água.
Após uma parada cardiorrespiratória, o surfista, com a bochecha perfurada, foi retirado do mar por outros surfistas – incluindo o bombeiro Marcos Monteiro, de Saquarema, RJ – e socorrido ainda na praia. “Ao se aproximarem da prancha, um havaiano começou a puxar a cordinha para trazê-lo de volta à superfície. Os outros eram os brasileiros Lapo Coutinho e Marcos Monteiro, que, por ser salva-vidas e big rider, fez toda a diferença, segurando o Calunga e não o soltando até chegar na praia, independente das ondas que continuavam quebrando bem em cima de todos,” relata o amigo e patrocinador da vítima, Petronio Tavares, que o está acompanhando.
Depois de uma pequena reação física aos procedimentos de primeiros socorros, Calunga foi levado de ambulância até o hospital de Puerto Escondido, onde foi induzido ao coma transferido para o hospital de Dalinde, Cidade do México.
Internado na UTI em estado crítico, porém estável, desde o dia do acidente, o surfista ainda se encontra inconsciente, mas já está se recuperando sem a ajuda de sedativos desde as 6h da manhã desta segunda-feira. Raios X mostram que não houve traumatismo devido ao choque com a prancha. Segundo seu médico, a maior preocupação é em relação a danos mentais, mas gráficos indicam que ele mantém a atividade cerebral. Pele menos 12 horas sem sedativos devem se passar antes de qualquer tentativa de despertar Calunga.
Desde a década de 90, o big rider brasileiro sempre foi um dos destaques em ondas gigantes em lugares como Havaí, Taiti, Chile e México.
A equipe da HARDCORE deseja sorte na recuperação desse grande big rider brasileiro.