25.7 C
Suva
sexta-feira, 18 outubro, 2024
25.7 C
Suva
sexta-feira, 18 outubro, 2024

Show continua

 

Cacimba desperta. Foto: Smorigo/ASP

 Por Kevin Assunção

A Cacimba do Padre despertou nesta quinta-feira à tarde, quando a maré enchia, para concretizar o que foi, até agora, o melhor dia do Hang Loose Pro Noronha. Durante a manhã, o campeonato foi interrompido por duas horas após a conclusão das nove baterias que restavam do Round 2, com o avanço de oito brasileiros à fase seguinte.

Depois de um período de escassez, a maré encheu e o resultado foi um show de tubos. Muitos bateram na trave, como Ricardo dos Santos com 9.93, mas apenas três foram contemplados com os perfeitos cilíndros da Cacimba.

Bernardo Miranda


Com esse tubo, Pigmeu retomou a liderança. Foto: Smorigo/ASP


O acordo da Hang Loose com Pigmeu não foi prorrogado, então, sem patrocínio, Pigmeu mostra neste campeonato do que é capaz. Ele foi o primeiro a alcançar a perfeição na Cacimba, em um bela direita tubular. “Era um tubo grande, longo e limpo, com um drop difícil, no crítico”. O havaiano Sebastian Zietz o ameaçou com 9.43 e 8.43, mas Pigmeu recuperou a liderança, com uma esquerda tubular que resultou no maior somatório do evento (19.30): “Fiquei bastante tranquilo, porque estavam vindo ondas perfeitas, eu sabia que era possível virar. Foi minha bateria mais alucinante dos últimos tempos”.

Mason Ho

 

Mason Ho no salão de festas impecável. Foto: Smorigo/ASP

Segundo a ser abençoado pela perfeição cilíndrica da Cacimba, o havaiano Mason Ho fez a sua primeira onda impecável da sua carreira em um evento em etapas da ASP. “Dropei atrasado e tive que segurar a prancha com muita força para ficar no trilho. Quando vi que ela abriu, foi impressionante. Mas não pensei que fosse tirar um 10”.

Apesar da nota 10 ser a primeira da carreira, ele confessou que jamais vai esquecer o tubo que pegou no Round 2, que lhe deu a segunda colocação da bateria. “Estou tão feliz que até me esqueci de Pipeline. Nem consigo me lembrar direito do que aconteceu na onda, porque foi muito divertido. Ainda bem que meu amigo filmou, então vou assistir muito. Dropei atrasado e fiquei quase sentado na prancha até ser cuspido”, conta.

Além disso, lembrou da promessa que fez quando perguntei, quarta-feira, se ele tinha quebrado a prancha no Round 1. Disse que trincou e que daria caso não encontrasse outro amigo que queria aparecesse. Ele apareceu, mas o havaiano disse que me presentearia com a prancha em que tirou a nota 10, para também aliviar na taxa de embarque na volta a o Hawaii. Será que é indicado confiar num havaiano?

Raoni Monteiro

 
Raoni, o bom aluno. Foto: Smorigo/ASP

Raoni Monteiro encerrou a lista dos tubos impecáveis. Ele chegou à praia com mulher e filha, que o acompanharam durante as duas baterias em que correu. Sem patrocínio, quebrou várias pranchas em Noronha, inclusive na bateria do Round 2. Trocou a prancha, mudou a estratégia e ganhou a bateria.

No Round 3, a prancha, que já estava trincada e cheia de desenhos da filha Vitória, continuou dando sorte: “estava encaixadinho lá no tubo e só podia fazer um movimento para sair com a onda perfeita. Tomei uma lipada nas costas, mas consegui segurar na base. Consegui, cara, graças a Deus! Os desenhos que minha filha fez na prancha trouxeram a vibração necessária para sair desse tubo”.   

Receba nossas Notícias no seu Email

Últimas Notícias