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NORONHA CILÍNDRICO


Ricardinho bota pra dentro num dos melhores tubos do dia. Foto: Daniel Smorigo

Por Kevin Assunção

O primeiro dia do Hang Loose Pro Noronha foi contemplado com um potente swell de nordeste, que proporcionou ondas de até 5 pés na Cacimba do Padre. Rolaram 16 baterias do Round 1, com 12 brasileiros garantidos na próxima fase.

Nas primeiras baterias, os tubos fechavam bastante e o canto esquerdo da Cacimba era o mais escolhido pelos competidores. Com a enchente da maré, do meio da praia até a praia do Bode, à direita, era a melhor opção, com longas direitas tubulares.

Os Tops do World Tour Gabriel Medina, Miguel Pupo e Damien Hobgood classificaram-se à próxima fase, mas na segunda colocação. Os brasileiros Filipe Toledo, Ricardo dos Santos, Leandro Bastos, Bruno Rodrigues, Jerônimo Vargas, Bernardo Miranda e Wiggolly Dantas lideraram suas baterias.

Amanhã encerram as últimas oito baterias do Round 1 e rolam as oito primeiras do Round 2. A chamada está marcada para às 8h.



Ricardo dos Santos dropou os melhores tubos na manhã desta terça-feira. Foto: Daniel Smorigo

Os tubos continuavam fechando muito durante a quarta bateriado campeonato, mas Ricardo dos Santos remou em todas que teve oportunidade até encontrar duas boas esquerdas e conseguir sair do tubo em alta velocidade, para garantir o maior somatório do dia (17.33).

Ricardinho abriu com um longo tubo nota 8 e fechou o score com um dos maiores cilindros da competição, que lhe rendeu 9.33. Já Willian Cardoso optou por potentes rasgadas de backside, arrancando 3.93 e 4.47 dos juízes, o suficiente para avançar ao Round 2.


O pernambucano só precisou deste tubo para garantir a liderança da bateria. Foto: Daniel Smorigo

A nota de Ricardinho foi superada após quatro baterias. Bruno Rodrigues recebeu a maior nota do dia (9.83) ao despencar na maior esquerda da série e sair seco do cilindro. “Foi o maior tubo que eu já peguei na Cacimba”, conta o pernambucano.

Miguel Pupo não encontrou os cilindros, mas conseguiu a classificação para a próxima fase por somar 9.50: “A bateria foi difícil. Estava procurando pelos tubos, mas não encontrei e passei só com duas batidas”.


Medina surfou sozinho as esquerdas durante a maior parte da bateria. Foto: Daniel Smorigo

Gabriel e Jerônimo começaram no canto esquerdo da Cacimba na bateria contra o norte-americano Tim Reyes e o noronhense Caia Souza. Apesar da forte correnteza, Medina conseguiu pegar dois dos maiores tubos da série. No primeiro, completou a onda com um aéreo de frontside. No segundo, terminou com uma bela rasgada.

Jê mudou sua estratégia no meio da bateria e posicionou-se mais à direita, no meio da praia. “Na disputa anterior, vi no canto esquerdo uma das maiores séries do dia, com tubos que valiam nota 10. Mas a correnteza atrapalhou e isso me frustrou um pouco”, conta o carioca, que, logo ao se posicionar no meio pegou uma larga direita, com um tubo na primeira seção e espremeu a parede com uma rasgada e duas batidas, para receber 7.33 dos juízes. Completou o somatório com outro tubo nota 6.37.


Damien garante a classificação nos segundos finais. Foto: Daniel Smorigo

Bernardo Miranda começou a bateria em ritmo forte. Apostou nas direitas da praia do Bode e logo foi recompensado com 7 e 8.93. Depois, o destaque foi a disputa pelo segundo lugar entre o norte-americano Damien Hobgood, no canto esquerdo, e o espanhol Gony Zubizarreta no meio da praia.

Hobgood encontrou um tubo pouco antes de encerrar a bateria, que garantiu a pontuação necessária: 6.43 para combinar com 7.50. “Foi muita sorte. O mar estava estranho por um tempo por causa da correnteza, e finalmente o vi se alisar e uma onda vir faltando 20 segundos para acabar a bateria. Pensei: ‘Cara, talvez tenha uma chance.”

 Veja os resultados no site oficial do evento http://www.hangloose.com.br/procontest2012

 

 

 

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