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Tesouro Chinês


Tomas Hermes no longo pointbreak chinês. Foto: Watts/ISA

Por Kevin Assunção

Primeiro evento masculino da ASP na China, o Hainan Classic despertou a curiosidade da população na praia de Riyue Wan. Para Dane Jordan, Tour Manager da ASP Australásia, “o campeonato foi um grande sucesso, porque as ondas estavam ótimas durante todo o evento”.

O resultado positivo dá mais chances para a etapa integrar o calendário da ASP e o Hainan Riyue Bay International Surfing Festival em 2013. “Todos querem o evento no próximo ano e, embora não esteja 100% confirmado, acreditamos que anunciaremos em breve.”

Conversamos com Messias Félix e Tomas Hermes, que representaram o Brasil nesta etapa 4-Star, para saber como foi a viagem para a Ilha Hainan, menor província chinesa.

A Onda


Messias Félix voando em Riyue Wan. Foto: Muñoz/ISA

O pointbreak surpreendeu os brazucas. “Não imaginava a qualidade da onda. Apesar de bastante fraca, é uma esquerda bem longa”, comenta Tomas. O cearense Messias reforça: “nos últimos dias, o mar ficou incrível. Meio metrão perfeito, de sete manobras. No outside dava até para voar em uma junção que formava na bancada de pedras”.

Cena de Surf


Guardas acompanham a competição. Foto: Watts/ISA

“Surfar num país com uma cultura totalmente diferente foi o mais marcante. Nunca imaginei como era a população, como as pessoas vivem. Tinham guardas na praia de bota e casaco, nunca tinha visto isso”, diz o catarinense Tomas, que acredita que há altas ondas para explorar na China. Messias encontrou traços tupiniquins nas pessoas da ilha: “a galera é muito simpática, sempre torciam, vibravam, assim como fazem os brasileiros. Uma competição de surf era algo muito diferente para eles”.

Chineses na Água


Zhuang Tie (foto) e Yu Miao foram os primeiros chineses a competir um evento da ASP . Foto: Watts/ISA

Os surfistas locais Yu Miao e Zhuang Tie competiram apenas para representar o país, só pegavam a parede e saiam da onda. “Com esse evento, o surf vai ter bastante espaço na China e a galera deve começar a pegar onda lá”, acredita Tomas. As mudanças já são visíveis na Ilha Hainan. Segundo Dane Jordan, “os surfistas chineses são incrivelmente apaixonados pelo esporte e uma escola de surf acabou de ser construída em Riyue Wan”.

Cerimônia de Abertura


Atletas e organização durante a cerimônia do primeiro festival de surf em Hainan. Foto: Muñoz/ISA

O primeiro Hainan Riyue Bay International Surfing Festival foi celebrado na praia com fogos, coquetel e apresentações de dança que mostravam a cultura da ilha. “Não tem nem o que falar, porque nunca imaginei que o surf teria uma festa assim”, comenta Tomas.

Comunicação


Messias ao lado da tradutora dos atletas no festival. Foto: Gabriel Macedo

Entender a população local era, talvez, a mais difícil missão para Tomas. “Em Hainan pouquíssimas pessoas falam em inglês, e as que falam são bem difíceis de entender, até mesmo a tradutora.” Mas Messias conta como resolveram a situação: “a gente tinha que se comunicar por gestos. O que deixava mais fácil era que os chineses sempre estavam sorrindo, muito receptivos”.

Alimentação

Os brasileiros sentiram falta da culinária brasileira. “Torci muito para chegar em casa”, lembra Messias, “na cerimônia teve vários tipos de comida, então a galera se salvou mais”. Eles sofreram até convencer os cozinheiros do restaurante: “era pão no café da manhã, almoço e janta, porque as comidas de lá eram sinistras. De tanto todo mundo reclamar, no final, fizeram macarrão, batata, ovo e brócolis. Todo dia isso”, conta o catarinense.

Confira os melhores momentos da cerimônia e das finais do Hainan Classic.
 

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