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Arte de Hilton


Hilton Alves, mãos à obra. Foto: divulgação.

Por Fernando Maluf

Hilton Alves resolveu mudar-se para o Hawaii em 2007 e viver misturando as coisas que mais gosta: surf e arte. Vivendo no epicentro do surf mundial, o talento do paulista do Guarujá já levou suas obras a galerias de Oahu a São Paulo. Em 2012, Hilton será, pelo segundo ano consecutivo, o responsável por toda a produção de arte do circuito mundial de stand up paddle. Na entrevista abaixo, HIlton fala sobre surf, arte, reconhecimento e projetos futuros. Conheça melhor o artista.

Há quanto tempo você pinta?
Eu comecei a pintar profissionalmente no ano de 2000, mas antes disso já desenhava e realizava trabalhos paralelos à arte para algumas empresas na Baixada Santista. Desde então são praticamente quase 12 anos como artista plástico.

Você ganha a vida com pintura?
Atualmente sim. Desde que decidi optar por esta jornada de viver da arte, meu foco é expandir meus horizontes como artista e também fazer história neste meio. Hoje em dia tenho meus trabalhos na rede de galerias do artista Wyland aqui no Hawaii.

 quanto tempo mora no Hawaii?
Quase cinco anos já, cheguei em agosto de 2007 aqui em Oahu.

Para um artista, é melhor que no Brasil?
Eu não posso generalizar se é bom ou melhor para artistas viverem fora do Brasil, pois cada um tem um objetivo. Eu apenas senti que minha arte pertence ao mundo. Na verdade, sempre senti que meus sonhos podem me levar aonde eu quiser e foi isso que me fez vir para o Hawaii. Claro, viver da arte pode ser difícil ou não, depende de cada artista e seu ponto de vista, mas o Brasil tem focos diferentes em relação a outros países e a arte é vista em diferentes formas, tal como carnaval, música, entre outros. Eu vejo assim, sou um artista brasileiro que está levando a arte do nosso país para os quatro cantos do mundo.

Além de fazer os cartazes, você também participa de alguma etapas do circuito de SUP. Fale sobre isso.
Participo, mas meu foco no esporte são as races (corridas), provas de longa distância, coisas deste tipo. Na parte do surf eu não foco muito como competidor, mas gosto de prestigiar os eventos quando posso.

Como é sua relação com o esporte? Você ainda surfa de pranchinha?
Minha relação na verdade não é apenas com um esporte, e sim vários. Gosto de surfar de pranchinha, mas sou viciado em surfar com monoquilhas, pranchas antigas e com shapes diferentes. Além disso, sempre que vou para a praia levo os brinquedos comigo, stand up, bodyboard, monoquilha etc. O que acho importante é que nenhum equipamento me define como atleta, gosto de ser bem eclético neste sentido.


HIlton divide seu tempo entre surf e pintura. Aqui, ele bota pra baixo em Sunset Beach. Foto: divulgação.

Das suas obras, você tem alguma favorita?
Sim, minha favorita é a número um, pois a partir daquela pintura que os sonhos começaram a se concretizar.

Como é o trabalho além dos cartazes pro circuito de SUP?
Acordo de manhã, tomo meu café e vou pintar em meu estudio das 8 da manhã às 4 da tarde, sempre escutando minhas músicas favoritas, como Zeca Pagodinho, Nelson Sargento etc. Isso de segunda a sexta. Sábado sempre estou na galeria do Wyland em Haleiwa, pintando durante a tarde. Divido meu tempo entre a arte e esportes.

Como surgiu a oportunidade de fazer este trabalho para o circuito? E como foi?
O Tristan Boxford, presidente da Waterman League, já tinha visto meu trabalho retratando o esporte antes de o circuito ser criado, pois venho pintando stand up paddle desde 2006, quando também comecei a remar. Ele entrou em contato comigo e me pediu para fazer o cartaz da etapa final de 2010, na Big Island. Com o resultado positivo deste cartaz, ele me propôs fazer o circuito de 2011. Agora, com o sucesso obtido no ano passado, fui novamente nomeado o artista do circuito este ano.

Tem obras expostas no Brasil? Pretende lançar algo pra cá?
Eu tenho alguns trabalhos expostos na loja Art in Surf de São Paulo. A empresa é minha parceira e temos muita coisa em comum. O Antonio Portinari me convidou para fazer parte da equipe de artistas/atletas em 2010 e desde então mantemos este relacionamento tanto no lado artístico como esportivo. O que pretendo desenvolver no Brasil são projetos sociais com pintura de murais marinhos em escolas.

Qual é a repercussão de suas obras no Hawaii? Conte um pouco?
A repercussão sempre é positiva, pois minha arte leva alegria para as pessoas, isso é uma coisa bem legal de ressaltar. Em fevereiro estarei levando minha arte para o Japão e disso, mais alegria para o povo japonês. Isso é o que importa pra mim, fazer as pessoas felizes com minha arte direta e indiretamente.

Veja abaixo algumas das obras produzidas por HIlton para o circuito mundial de SUP em 2011. Saiba mais sobre o artista em seu website.

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