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sexta-feira, 6 dezembro, 2024
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Agora é tudo no braço

 

Por Fábio Cerdeira

Está decidido. Se o swell der a mínima oportunidade, as ondas serão domadas no braço. Na marra, com dizem as pessoas que dizem “na marra”. O último swellzão que entrou em Jaws foi a prova que precisávamos para constatar a semi-aposentadoria do jet-ski. Yuri, Danilo, Gordo, Burle, Shane, Ian e cia, largaram os 600 cavalos da máquina e se apoiaram nos 600 músculos do corpo (sim, chequei no google e temos tudo isso). Agora a moto d’água só sai da garagem quando as condições estiverem além do cabuloso.

Você pode estar pensando: “ó, meu caro Cérebral, isso não é nada novo, já que a remada era o motor de anos atrás, antes do surgimento do tow-in”. Verdade, digníssimo leitor. Nesse sentido, estamos presenciando uma Síndrome de “De Volta Para o Passado”. Mas o que é preciso levar em consideração, é que o grau de cabulosidade mudou. E muito. E perigosamente. Antes, remar em ondas de 25 pés já era considerado uma insanidade. Hoje, isso é apenas um passatempo. Os números agora ultrapassam a estúpida casa dos 40 pés (ou mais, mas me recuso a dizer aqui, para a segurança dos leitores que não sabem nadar). Do jeito que a coisa está evoluindo, em pouco tempo imagino que a conversa pré-swell desses seres humanos vai ser mais ou menos assim:

 – Você sabe a previsão para amanhã?

– Sei sim, acho que vai dar umas valinhas.

– Sério? Quanto? – Vai ter uns 40 pézinhos.

– Show, tô precisando colocar minha merrequeira no pé! Bora para Jaws?

– Só se você me emprestar sua fishzinha.

– Qual? Aquela que eu uso para dar uns aéreos em Mavericks?

Acompanhe essa e outras análises diferenciadas do mundo do surf no blog Cérebro de Ostra.

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