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Arte na Base

Por Fernando Maluf

Marcello Macarrão tinha 20 anos quando rompeu o ligamento do joelho e, sem poder surfar, resolveu pintar as quilhas de sua prancha por simples diversão. Um amigo viu e quis igual. Pouco tempo depois, um outro amigo viu as quilhas e pediu uma pintura na prancha. Macarrão pintou a prancha de seu brother e em pouco tempo, com ajuda do boca a boca, sua arte já tinha se espalhado pelas melhores pranchas do litoral paulista.

Aos 33 anos, Macarrão, que já foi gerente de uma loja, vive hoje de sua arte. O santista divide seu escritório entre o atelier em sua casa ou em oficinas de prancha, trabalhando sem pressão para atender a fila de equipamentos à espera de seus desenhos. "Eu gostava mais mesmo de pintar prancha. Mas começaram a pedir pra eu pintar capacete de motocross, shapes de skate. Hoje em dia, os caras vem de São Paulo até aqui com o capacete pra eu fazer a pintura". Dentre seus clientes, inúmeros ilustres do surf brasileiro: Adriano de Souza, Jadson André, Thiago Camarão, Simão Romão, entre outros tops, já tiveram suas pranchas estilizadas por Macarrão.

Para compor suas imagens, Macarrão usa basicamente sprays e canetas d’água, além de um verniz por cima. Um trabalho básico em uma prancha leva duas horas, enquanto um desenho mais elaborado leva, normalmente, entre quatro ou cinco horas. A pintura é feita com a prancha já pronta, que recebe um verniz adicional para manutenção da tinta após concluir-se da obra. Segundo ele, começar a desenhar é bem simples – qualquer um munido de uns sprays, tintas e criatividade pode fazer a arte em sua própria prancha. Um fita crepe para fazer as linhas retas também ajuda.

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