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DIÁRIO HABAIANO 2

Por Julio Adler

Marcio Bill 

Subida de mar é sempre um bom motivo pra mentir.
Os que vão faltar ao trabalho atrás da mais fútil e maravilhosa sensação que conhecemos mente e quem inventa mil desculpas pra não ir surfar, mente com tanta vontade quanto o primeiro.
Um homem é sempre mais homem com uma prancha maior de 7 pés debaixo dos seus pés – embora as ondas não passem de 4 pés.
Havaianos são muito rigorosos com sua métrica, até mais do que apenas rigorosos, diria que há um certo requinte de crueldade na forma dos locais medir tamanho de onda. O que seria dois metros no Brasil (em verdade vos digo, 4 metros de frente) aqui no Havaí não vale nem 4 pés – uma pechincha!
Oferecemos 10 a 12 pés de lambuja e eles avaliam a treta no máximo em 6 +, pô!

Reef Hawaiian Pro

Campeonatos no Havaí não tem aquela multidão absurda que vemos na França, Brasil ou EUA, aqui tem mais carros no estacionamento e menos pessoas na praia.
Curioso isso.
O título de Haleiwa já ficou na mão de muita gente que já foi devidamente esquecida por justa causa.
Troy Brooks diz algo? Roy Powers (na foto, acima)? Joel Centeio? Tony Ray?
Nada?
Ok, sem problema.
Ano passado foi do Joel, que nem se deu ao trabalho de competir na Tríplice Coroa desse ano, assim como Fanning, Owen e Slater.
A garotada fez a festa em Haleiwa, mas foram os veteranos que chegaram até a final, com a exceção do Nat Young.
John Florence, Evan Geiselman, Kolohe, Jesse, Granger e Nat Young, todos chegaram até as quartas de final, sendo que nenhum dos novatos se beneficiou mais com esse resultado que Jesse.
Florence e Kolohe já estão praticamente garantidos pra 2012.
Gostei mesmo foi de ver Mineiro surfando com pressão e autoridade em Haleiwa.
De todos surfistas na final, Mineiro era disparado o que parecia mais disposto a vencer o evento.
Não fosse a eterna generosidade dos juízes com Taj Burrow, talvez Mineiro tivesse entrado mais na disputa.
Adam Melling vem salvando-se da degola com seu segundo lugar – esquisito, diga-se… Mineiro faz pela primeira vez uma final no Havaí e coroa seu ano sensacional com uma chance de vencer um título que nunca esteve em mãos brasileiras, Triple Crown.
Mais bacana disso tudo é ver que quase todos anos temos alguém numa final aqui no Havaí, Léo Neves, Jihad, Raoni e agora Mineiro.
Afinal, o Havaí deixou de ser um susto e torna-se rotina.
Com uma previsão de ondas bem dignas do nome World Cup (Copa do Mundo), Sunset promete mais de 10 pés sólidos pra oferecer aos surfistas.
Quem leva?

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