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quinta-feira, 18 abril, 2024
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córrego de gelo

Por Fernando Maluf

Quem não tem mar, surfa no rio. A cidade de Munique, no estado da Baviera, sul da Alemanha, não fica próxima de nenhuma praia – as areias do norte da Itália são as mais próximas, a aproximadamente 400 quilômetros de distância. Mas nada que a vontade de surfar e uma ideia na cabeça não resolvam.

O Eisbach (numa tradução simples, "Córrego de gelo"), é um pequeno curso d’água que vem das montanhas e percorre a cidade por suas galerias subterrâneas. Quando o Eisbach sai das galerias e encontra o céu aberto, bem no centro de Munique, suas águas estão inevitavelmente geladas – mesmo na auge do verão.
O córrego não é muito largo nem fundo, e as paredes de pedra das galerias subterrânes concentram seu fluxo de maneira que a correnteza tenha uma boa força no começo de seu trecho outdoor. Assim, o Eisbach era o local perfeito para que os surfistas do interior da Europa montassem seu pequeno parque de diversões. Alguns troncos de árvores e barras de concreto, presos por cabos de aço à ponte acima, foram colocados no fundo do rio, formando um obstáculo às águas que chegam com velocidade. O resultado foi uma onda estática e perfeita que está sempre lá, a qualquer hora do dia ou da noite, inverno ou verão.

A onda já se tornou uma atração turística na cidade e é palco de um verdadeiro show de surf dos locais, que aprenderam a dominá-la – alguns ousam até um surf mais progressivo, com aéreos variados. A onda é muito rápida e surfá-la de primeira pode ser difícil mesmo para surfistas experientes. Recentemente, Donavon Frankenreiter esteve na cidade para um show e experimentou uma queda no rio. Dê uma olhada no desempenho do músico-surfista no vídeo abaixo.

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