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domingo, 24 março, 2024
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Artilharia Brazuca

Por Lucas Franceschini

O litoral norte de São Paulo está muito bem representado no World Tour – e não apenas por Gabriel Medina. Natural da praia de Cambury e com um repertorio pesado de manobras aéreas, Miguel Pupo conseguiu excelentes resultados na divisão de acesso – entre eles o primeiro lugar no campeonato dominado pelos brasileiros em Lowers Trestles – e decolou para a elite do surf mundial.

Você esperava a classificação ainda para este ano?
Esperava, sim. Tinha bons resultados no final do ano passado que ainda iriam contar para esse ano. Depois que venci em Trestles passei a acreditar mais nessa possibilidade. Graças a Deus tudo deu certo.

Como você ficou sabendo que estava dentro? Acompanhou a etapa de Nova York de perto?
Sim, passei o dia todo assistindo o campeonato de NY e fazendo as contas com o ranking. Depois que o Tiago (Pires) perdeu, garanti meu lugar. Em casa todo mundo ficou muito feliz e na queda de comemoração acabei quebrando minha prancha ao meio.

Como foi sua primeira etapa na elite? A onda era Trestles, a mesma onde você já saiu campeão.
Foi legal. Consegui mostrar um bom surf e arrancar alguns bons scores, coisa que é muito difícil de fazer logo de cara no WT. Não passei nenhuma bateria, mas ainda sou novo e tenho muito que aprender com os Tops.

O que te deixa mais ansioso em estar entre os Tops do mundo?
Fico louco para entrar logo e surfar. É uma experiência muito diferente, porque você acaba surfando contra todos os caras que foram e ainda são os seus ídolos. Mas, com certeza, é um ótimo aprendizado ter a oportunidade de surfar com todos eles.

Você acha que o fato de ter entrado na parte do ano com mais beach breaks pela frente vai ser algo favorável?
Não diria favorável, pois os Tops surfam muito em qualquer condição, mas sem dúvida tenho mais chances de mostrar do que sou capaz.

Quais etapas você está com mais esperanças de se dar bem?
Acho que na França e Portugal vou conseguir encaixar o meu surf. Temos também São Francisco, que é um lugar onde nunca houve uma etapa, então estamos todos em condições iguais.

Qual surfista do World Tour te inspira?
Todos surfam muito, por isso estão na elite. Não me espelho só em um cara. Olho um pouco para cada surfista e procuro aproveitar o que eles têm de melhor.

Você e o Medina são muito próximos, mas na hora de uma bateria contra ele, fica a amizade ou é pega pra capar?
Com certeza, além de amigos, somos profissionais. Sem dúvida o nosso esporte é individual, então quando caímos juntos surfamos mais ainda para poder ganhar. Mas a amizade é bem mais forte do que qualquer derrota.

O que deve ser pior: cair em Pipeline com 12 pés de onda contra o Kelly Slater ou em Trestles com condições perfeitas contra o Dane Reynolds?
Não sei, acho que se estamos na elite, todos tem chance de vencer. Mas com certeza as duas situações seriam ótimas para competir.

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