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quarta-feira, 24 abril, 2024
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Reis da batucada

Por Julio Adler

Que dia sensacional de competição tivemos nesta terça.
Incrível como campeonatos de surfe podem ser tão interessantes em condições tão diferentes.
10 pés Teahupoo, 4 pés Nova Iorque, 3 pés Trestles – tudo em menos 30 dias!
O que podemos pedir mais?
Bem, a lista é grande e a hora não é essa. Nas bancas, a nova edição da HARDCORE fala um pouco do que pode ser feito.
Falávamos do fantástico dia de competição que tivemos ontem e é dificil apontar o grande momento do dia.
Tivemos uma série deles.
O primeiro deles foi a eletrizante bateria do Owen Wright contra John John.
Owen experimentou nessa temporada os dois lados da moeda. Se no Rio sobrou choro e vela na sua derrota pro Mineiro, hoje Owen é dos surfistas mais bem julgados do tour.
Contra John John Florence, Owen foi obrigado a mellhorar a cada onda, misturando o bom e velho surfe tradicional com slobs e toda sorte de voos.
O jeito como a bateria foi decidida, onda a onda, até o ultimo minuto, pode resolver a corrida ao título de 2011.
O ponto alto mesmo veio com a quarta fase e uma verdadeira guerra de nervos deslanchou.
Mineiro fez uma bateria homem a homem com Taj, mordido por uma cobra, como costumam dizer os narradores de corrida de cavalo.
Adriano tem uma intesidade que poucos esportistas tem quando competem.
McEnroe, Frazier, Romário, gente que além do talento acrescenta um fator psicologico digno duma análise mais profunda.
São inúmeras motivações por trás duma simples vitória em campeonato de surfe.
Vamos a isso mais tarde.
O estrago do Mineiro foi tanto que sobrou até pro Xlater.
O diabólico careca é famoso pelas suas pequenas provocações e Mineiro não é de deixar nada que vem daquele lado passar sem resposta.
Por acaso, aquilo acabou servindo pra incendiar todo resto da quarta fase.
Xlater e Owen continuaram em velocidade cruzeiro e assim chegamos ao grande momento do dia…
Mick, J. Dub e Parko, todos no auge da forma, embalados numa disputa dividida em três perfis, três mercados, três personalidades completamente diferentes.
Julian precisa hoje vencer um WT pra mostrar que vale quanto pesa.
Mick parece confuso em 2011, altos e baixos, mas ainda um surfista capaz de impor seu ritmo ao circuito e vencer duas ou tres etapas seguidas como em 2009.
Por fim, Parko, o eterno favorito, eterno segundo, eterno quase – um Taj sem o sorriso. Luke Egan, técnico do Joel, diz que nunca em sua carreira Parko esteve tão pronto como agora.
No melhor da sua forma física, na ponta dos cascos, focado…
Quase impossível de ser batido.
Quase…
Julian Wilson saiu da agua bufando e partiu pra cima do palanque pra tomar satisfação com os juízes.
Ele sabia que tinha feito o suficiente pra vencer e foi vítima do pontinho extra dos que disputam o título.
Xlater, Parko, Jordy, Mineiro, Kerr, Mick, Taj e Owen estão hoje num patamar diferente do resto quanto ao julgamento.
Isso muda de ano pra ano, mas em 2011, pelo momento de cada um deles, essa turma tem uma pequena vantagem sobre os que vem de baixo.
A ASP deixa isso muito claro, consciente ou inconscientemente.
Eu não sou nem louco de apostar em alguem nessa quarta…

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