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sexta-feira, 19 abril, 2024
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sk8 no quintal

Por Bryan Franco Tudo começou antes mesmo de eu nascer. Quando meu pai, André, era jovem, andava de BMX (bike), surfava e já construía diversas rampas de skate com os amigos dele, para testar as novas manobras e o funcionamento de suas novas invenções, além de sair pela cidade com os amigos em cima de seus foguetes. Acho que daí nasceu a minha veia para esportes radicais, principalmente o surf e o skate. Uma história do meu pai que me marcou muito foi a de uma rampa de maderite que eles construíram na casa dele, em Santos. Meu pai, meu tio Tijolo, o amigo Eder e outros construíram uma rampa que vinha por cima do telhado da casa e, seguindo reto, em apenas uma peça de maderite, alcançava a altura de 3 metros. A rampa era estreita e perigosa porque não era larga, mas meu pai, meu tio e os amigos se aventuravam do mesmo jeito. Com varias histórias como essa, meu irmão Derek e eu fomos crescendo com um pé em cima das pranchas, principalmente do surf e do skate. Acabei me dedicando mais ao surf, por morar perto do mar, mas nunca deixei de dar minhas andanças com meu skate. Pelo contrário, meu irmão e eu, seguindo os passos de nosso pai, continuamos com a saga da Família Franco em construir rampas de skate nos jardins e ruas de onde morávamos. Fizemos nossa primeira rampa na rua, em frente da nossa antiga casa, na praia de Juquehy, litoral norte de São Paulo, com a ajuda dos nossos amigos e com a supervisão do nosso pai. Ela ficou bacana e andamos durante um bom tempo. Revezávamos as seções de surf com a longas seções de skate em frente de casa. Mas com muita chuva, sol e pouco cuidado com a rampa, a madeira apodreceu, perdemos nossa rampa e acabamos colocando fogo nela. Em 2010, nos mudamos para a nova casa, também na praia de Juquehy e lá, com um jardim grande, decidimos contruir um half pipe. Meu pai montou o projeto e juntos, ele, meu irmão e eu começamos a pegar madeira que sobrava nas obras que meu pai trabalhava. Na verdade, quem fez toda a correria para nos arrumar madeira foi meu pai. Sem ele nada ia acontecer. No dia 3 de janeiro de 2011, debaixo de um forte sol e mar flat, começamos o trabalho. Medimos e cortamos as madeiras e também nossos dedos, pintamos e pregamos tudo direitinho, para deixar a pista do jeito. Tudo na maior correria, mas ao mesmo tempo sem pressa, na maior tranqüilidade e diversão, só imaginando o produto final e a diversão garantida no quintal de casa. Demoramos uns seis dias para que o half ficasse pronto. Isso por causa das tardes chuvosas de verão, que nos deixavam sem condições de continuar a produção. Depois da estrutura pronta, cutucamos o bolso e desembolsamos uma grana para comprar o maderite e forrar a pista. Depois de muita martelada nos dedos, finalmente nossa brincadeira particular ficou pronta para darmos continuidade às realizações que meu pai, meu tio e os amigos deles começaram anos antes. Agora voltamos a dividir nosso tempo entre seções de surf e de skate, sempre com nossos amigos. Juquehy é uma das poucas praias de São Sebastião que não tem pista municipal de skatem, então tratamos de fazer uma no nosso próprio quintal de casa. A …Lost vai dar um upgrade no half pipe da Família Franco e no póximo post você acompanha vídeo e fotos da session com skatistas e surfistas profissionais convidados pela marca. Na lista já estão nomes como Laurence Reali, Yuri Castro e Eric de Souza. AT HOME (Bryan na água):

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