Por Bruna Tonzano A décima edição do Billabong XXL aconteceu na noite do dia 29 de abril, no Grove da cidade de Anaheim, Califórnia. Bem frequentada, a festa contou com figuras do antigo cenário mundial do surf, como o legendário e muito animado, Rabbit Kekai e o primeiro campeão mundial, Peter Townend. Do surf atual John John Florence era um dos que estavam presentes. Se tivesse o prêmio do palhaço do ano, no bom sentido, ou do mais mal vestido da festa, com certeza Mark Healey faturaria. O cara resolveu aparecer com uma jaqueta de franjas, que parecia mais do armário de um cowboy do que de um surfista. Um horror, mas divertiu a galera. O lutador da UFC Tito Ortiz também desfilou por lá. O tapete vermelho era desta vez azul e lá estavam expostas as obras dos verdadeiros artistas. Uma área foi reservada ao havaiano Sion Milosky, muito bem homenageado durante todo o evento. Depois de um tempo para rever os amigos, jogar conversa fora, beber e comer; era hora de dar início ao evento. O ator e apresentador Sal Masekela foi quem comandou a festa. O primeiro prêmio da noite foi o de melhor tubo e Shane Dorian (muito bem aplaudido) levou cinco mil dólares para casa. A foto era do surfista brasileiro radicado no Hawaii, Bruno Lemos. Na sequência veio a melhor performance feminina, a brasileirada estava na expectativa de Maya Gabeira levar o título pela quarta vez consecutiva, mas não foi esse ano. Keala Kennelly resolveu atrapalhar a festa e faturou em cima da carioca. O que levou muito em conta foram as ondas que a havaiana pegou em Oregon na temporada de inverno. Na categoria maior onda, o brasileiro Rodrigo Koxa estava na briga pelos 15 mil dólares, porém foi Benjamin Sanchis numa onda em Belharra, na França. Muito feliz por ter representado a Europa no evento, o francês fez um convite a todos para aparecerem no Velho Mundo durante o inverno e afirmou que lá rolam altas ondas, além do crowd ser quase inexistente. Já no melhor ou pior Wipeout do ano, os tupiniquins Thiago Candelot e EveraldoPato Texeira se safaram passando a bola para o australiano, que não pode estar presente, Mark Mathews, na onda de Shipstern Bluff, Tasmânia. A melhor performance masculina não podia ser para outra pessoa, Sion Milosky foi o premiado e entrou para a história do Billabong XXL sendo o único surfista a vencer depois de sua morte. A esposa, duas filhas e o pai estavam lá para receber o prêmio e se encheram de orgulho ao falarem de Sion. Um grande homem, marido, pai, amigo e filho. Uma inspiração para todos. Sei que ele está aqui conosco e muito feliz por hoje, disse Suzi Milosky. Já na melhor onda de remada, Shane Dorian repetiu a dose, sendo o único com dois prêmios na noite. Como homenagem ao amigo, Dorian doou o cheque de 15 mil dólares à família Milosky. A hora mais esperada era para a escolha do surfista do ano, o baiano Danilo Couto estava na briga novamente. Era muita adrenalina. Começou! O francês Benjamin Sanchis pegou a quinta posição , logo atrás veio o aussie Michael Brennan, seguido do cowboy-surfista Mark Healey. Sobrou Danilo e o outro australiano na briga, David Scard. A torcida estava dividida. Quando o anúncio foi dado, as cores verde e amarelo dominaram o palco, tirando assim o jejum de cinco anos do brasileiro. Eu não venci sozinho, Deus dá a benção com boas ondas, e nós temos que fazer a nossa parte. Foi isso que fiz. Muito trabalho e dedicação, disse Danilo Couto, que também doará uma parte de seu prêmio à família do amigo Sion. Danilo Couto Paddle In at Jaws