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10 curiosidades sobre o surf nos Jogos Olímpicos

No dia 27 de julho, o surf retornará às olimpíadas, como parte dos Jogos de Paris 2024, fazendo sua segunda aparição na maior plataforma do esporte mundial. Pensando nisso, a Federação Internacional de Surf – ISA, separou 10 curiosidades sobre o surf nos Jogos Olímpicos que valem à pena conhecer. Confira:

  1. Por que Taiti?

Quando os organizadores dos Jogos de Paris 2024 consideraram as opções para o surf, avaliaram todas as possibilidades, incluindo seus territórios ultramarinos. Para a ISA, do ponto de vista do espetáculo no surf, não havia dúvida de qual local proporcionaria o lugar mais emocionante, dramático e desafiador para os melhores surfistas do mundo: Teahupo’o.

O surf olímpico no Taiti tem a promessa de registro de imagens com uma qualidade nunca antes feita, que capturarão a imaginação do mundo.

  1. A Beleza de Teahupo’o

Teahupo’o é um local único no mundo e apresenta um dos maiores desafios no surf. É bem conhecido por produzir visões de ondas perfeitas e impressionantes. Ao fundo, as montanhas verdes da ilha do Taiti emolduram a água azul e cristalina. De qualquer ângulo que se olhe, Teahupo’o é incrivelmente belo.

A água doce que vem das montanhas flui para o oceano e esculpe uma seção da barreira de coral criando uma “passagem”. Isso, juntamente com a profundidade, cria ondas perfeitas com tubos pesados para a esquerda. Quando grandes vagas entram nessa passagem, a pressão subaquática comprime e acelera a energia da onda, causando um aumento acentuado na altura e velocidade.

A vila de Teahupo’o está localizada onde as estradas pavimentadas terminam e começam os caminhos de terra, levando a ser historicamente designada como ‘O Fim da Estrada’.

  1. Cronograma da competição

A janela da competição de surf será de 27 de julho a 5 de agosto de 2024, sendo necessários quatro dias dentro desse período para completar o evento. Antes da abertura da janela, seis dias de treinamento estarão disponíveis para os atletas terem uso exclusivo do local (21 a 26 de julho de 2024). Além disso, no dia 26 de julho de 2024, uma cerimônia oficial de abertura ocorrerá no Taiti, com danças tradicionais e uma apresentação dos atletas competidores na abertura em Paris.

  1. Pesos pesados internacionais enfrentando azarões e campeões locais intimidadoras

Liderada por Carissa Moore (EUA), cinco vezes Campeã Mundial e medalhista de ouro em Tóquio 2020, a competição feminina apresenta um “quem é quem” do surf em ondas pesadas, incluindo as campeãs de Pipeline Caitlin Simmers (EUA) e Molly Picklum (AUS), a vencedora do Tahiti Pro 2023 e Campeã Mundial 2023 Caroline Marks (EUA), bem como a campeã do Taiti Pro 2024 Vahine Fierro (FRA) e a nota 10 no mesmo evento, Tatiana Weston-Webb (BRA). Fierro é uma taitiana local que foi uma das primeiras a se qualificar para Paris 2024.

Por outro lado, novatas como Sarah Baum (RSA), Yolanda Hopkins (POR), Sanoa Dempfle-Olin (CAN), Anat Lelior (ISR) e Siqi Yang (CHN) podem, no entanto, atrapalhar os planos. A surfista mais jovem a se qualificar para as Olimpíadas aos 14 anos, e a primeira da China, Yang declarou que tem muito pouco medo quando se trata de ondas desafiadoras, mas, ao mesmo tempo diz que está ansiosa para deixar sua marca no surf nos Jogos Olímpicos.

  1. A determinação de Medina para enfrentar rivais de longa data e surpresas improváveis

Tricampeão mundial, Gabriel Medina (BRA) sem dúvida está entre os favoritos no Taiti. Surfista com o melhor histórico geral em Teahupo’o, com a maior média de pontuação de ondas e percentual de vitórias em baterias, Medina chegou à final seis vezes em 10 eventos do World Surf League Championship Tour, vencendo duas vezes. O atleta de 30 anos fez um esforço hercúleo para vencer os Jogos Mundiais de Surf da ISA 2024 e conquistar a última vaga de qualificação para Paris 2024. Depois de perder a disputa pela medalha de bronze e ficar em quarto lugar em Tóquio 2020, Medina tem uma coisa em mente – a medalha de ouro em Paris 2024.

O brasileiro, no entanto, terá pela frente muitos desafiantes fortes em seu caminho, incluindo o bicampeão mundial e seu maior rival, John John Florence (EUA), que também possui um recorde impressionante em Teahupo’o. O taitiano local Kauli Vaast (FRA) cresceu a poucos passos da bacanda e está determinado a representar orgulhosamente sua casa, assim como um dos melhores surfistas de tubos do mundo, Jack Robinson (AUS).

Muitos dos qualificados nunca competiram no Taiti antes, mas isso não significa que não serão uma ameaça. Surfistas como Alan Cleland Jr. (MEX), Alonso Correa (PER), Tim Elter (GER) e Bryan Perez (ESA) estão bem familiarizados com águas pesadas e têm treinado arduamente para a competição.

  1. Funcionamento da competição

A competição de surf em Paris 2024 começará com oito baterias na primeira rodada, cada uma com três atletas. Os vencedores passarão para a terceira rodada e os segundo e terceiro lugares para a segunda rodada, onde apenas o vencedor avança. A partir da terceira rodada, todas as baterias serão ‘um contra um’. As baterias podem durar de 25 a 40 minutos, o que será decidido com base nas condições.

O surf é pontuado onda por onda por um painel internacional de cinco juízes, supervisionado por um único chefe de juízes. Cada juiz atribuirá uma pontuação entre 1-10 para uma onda, os números mais altos e mais baixos são removidos e os três do meio são usados para calcular a média e obter a pontuação final. As duas melhores ondas por bateria são contadas para determinar a pontuação total geral do surfista. Aquele com o maior total de duas ondas ao final da bateria é o vencedor.

A ênfase nas pontuações dos juízes varia conforme o local e o tipo de onda. Em muitos lugares ao redor do mundo, manobras agressivas ou aéreas são altamente recompensadas, mas em Teahupo’o o foco é quase inteiramente no tubo. Comprometimento e grau de dificuldade são os componentes chave para uma boa nota, levando em conta a profundidade dentro do tubo, bem como o tempo gasto dentro dele.

  1. O caminho do surf até os Jogos Olímpicos

The Impossible Wave” é um documentário premiado que conta a história dos esforços da ISA e de seu presidente, Fernando Aguerre, ao longo de 27 anos, para garantir a inclusão do surf nos Jogos Olímpicos.

Com depoimentos de líderes da indústria, incluindo o presidente do COI, Thomas Bach, e o fundador e ex-CEO da Quiksilver, Bob McKnight, juntamente com os medalhistas de ouro olímpicos Carissa Moore e Italo Ferreira, o filme oferece uma visão envolvente sobre o trabalho de Aguerre para incluir um esporte improvável aos Jogos Olímpicos.

  1. Processo de Qualificação Olímpica

Os surfistas se qualificaram para Paris 2024 por meio de várias competições, incluindo os Jogos Mundiais de Surf da ISA, o World Surf League Championship Tour e os Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023. Além disso, dois atletas receberam suas vagas por meio de uma vaga universal, uma iniciativa olímpica que permite que atletas de alto desempenho de países menos representados tenham a oportunidade de competir.

  1. Representação Nacional

48 surfistas participarão dos Jogos Olímpicos Paris 2024. As 24 mulheres e 24 homens representam 21 diferentes nações, o que é um forte reflexo do crescimento do esporte em todo o mundo. Canadá, China, El Salvador, México, Nicarágua e Espanha terão seus primeiros representantes olímpicos no surf em Paris 2024, onde competirão contra surfistas de nações mais tradicionais e poderosas como Austrália, Brasil, Japão e Estados Unidos.

10. Polinésia: As Raízes do surf e a conexão olímpica

Quando se trata de rastrear as raízes do surfe, a jornada começa nas águas da Polinésia, uma região do Oceano Pacífico que abrange Havaí, Taiti, Samoa e muitas outras ilhas. Foi aqui que exploradores europeus, como o Capitão James Cook, documentaram os povos indígenas surfando nas ondas em pranchas de madeira e canoas no século 18. Voltando ainda mais no tempo, foram encontradas pinturas rupestres do século 12 que ilustram claramente versões ancestrais do surf.

O lendário polinésio e pai do surfe moderno, Duke Kahanamoku, do Havaí, foi tricampeão olímpico de ouro na natação e medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Paris em 1924. Duke foi o sonhador original do surf olímpico e o primeiro embaixador global desse esporte e do espírito aloha.

 

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