Durante voo de monitoramento, biólogos avistam grupo de 40 cachalotes nadando próximas à superfície na bacia de Santos
Por Redação HC
No final de fevereiro, a equipe de biólogos da Socioambiental Pesquisadores Associados realizava mais um voo de rotina na região da Bacia de Santos quando avistou uma cena surpreendente: um grupo de 40 cachalotes nadava, muito próximas à superfície.
Segundo o chefe da equipe, o biólogo José Olímpio da Silva Júnior, a imagem surpreende pois as baleias costumam habitar águas mais próximas ao talude continental, onde a profundidade chega aos 300 metros. O local onde elas foram avistadas pode ultrapassar os 2 mil metros.
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“Em termos de registro, é raro. Estamos, justamente, estudando o comportamento delas, já que estão geralmente concentradas no talude [região de declive] da plataforma continental [porção mais rasa, de até 200 metros de profundidade], mais na região sul”, disse ele em entrevista ao site de notícias G1.
Assista ao vídeo:
O voo em que avistaram as cachalotes fazia parte de uma rotina de pesquisas que busca avaliar o impacto da exploração de petróleo sobre o meio-ambiente no local. A equipe foi contratada pela Petrobrás.
Além dos voos, a equipe também realiza viagens a campo de barco, que podem durar mais de um mês. A ideia é sempre capturar o máximo de informações possível sobre os animais – sons, fragmentos de tecido para exame do DNA, entre outras coisas. Entretanto, eles calculam que o real impacto da exploração de petróleo sobre o ecossistema local só poderá ser estimada em aproximadamente 20 anos.