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Ídolo do surf brasileiro, Fabio Gouveia é novamente diretor de prova em Noronha

Diretor de prova do Oi Hang Loose Pro pelo segundo ano consecutivo em Fernando de Noronha, Fabio Gouveia fala sobre suas novas responsabilidades

Por Redação HC, via FMA notícias

Se no ano passado a estreia foi um desafio, agora a função ficou mais tranquila. Mas o frio na barriga de como se fosse entrar no mar para uma bateria segue. Um dos grandes ícones da modalidade no País, sem dúvida um dos responsáveis por “abrir as portas” do Circuito Mundial para os brasileiros, Fabio Gouveia está sendo, novamente, o diretor de prova do Elétron Energy apresenta Oi Hang Loose Pro Contest, que acontece essa semana em Fernando de Noronha.

Em decisão conjunta com o head judge Luiz Antonio Dantas, o tour manager Roberto Perdigão, e ainda ouvindo os atletas, ele comanda o andamento da etapa do WSL Qualifying Series (QS) 5000. As decisões podem ser mudadas a qualquer instante e ele sempre está atento a cada detalhe, sobretudo as condições do mar na Praia da Cacimba do Padre, local que ele conhece muito bem e pode até considerar como sua “segunda casa”.

Fabio Gouveia e Noronha: uma longa história

Aos 50 anos, Fabinho tem larga história no surf e mais ainda com o Hang Loose Pro Contest. Em toda a vida competitiva foi patrocinado pela Hang Loose e foi nesse evento que se consagrou como o primeiro brasileiro a vencer uma etapa do Circuito Mundial da ASP (atual WSL), em 1990, em Guarujá/SP. Dois anos antes, foi campeão mundial amador, em Porto Rico. No ano passado, a convite do empresário Alfio Lagnado, diretor da marca, aceitou o desafio na nova função, agora dentro do palanque.

“O primeiro ano é uma adrenalina, por nunca ter feito esse tipo de trabalho, mas tem a experiência de ter sido surfista profissional e saber mais ou menos o que a galera quer, ter entrosamento legal tanto com a parte técnica quanto com os competidores. Tem aquele frio na barriga de começar, mas depois entra no ritmo facilita. No segundo ano é mais fácil, já trabalhou a edição anterior, fez um trabalho legal”, afirma Fabinho.

https://www.instagram.com/p/B8XaR50j1C2/

Ele conta que pensou que “sofreria” por ver os competidores surfando e ele no palanque, mas acabou se acostumando com a função. “Mas você começa a curtir outra área, começa a ver o evento de outra forma e aí vai sendo curtição. Você trabalha, às vezes, com um pouco de pressão, mas tem de curtir”, ressalta o diretor de prova.

Sua relação com o Hang Loose Pro Contest começou antes de sua vitória em 90. A estreia foi na segunda edição em 87, na Praia da Joaquina, e ainda lembra de ter sido derrotado pelo ídolo Daniel Friedmann. “Em 86 não consegui ir, porque eu estudava ainda e já tinha ido no Op Pro, tinha de voltar para a escola e juntar dinheiro. Mas ficou marcado na minha cabeça o vídeo que saiu do evento, altas ondas. Fiquei pirado”, recorda.

Ele também fala com carinho da vitória, com a praia lotada, histórica, por ser a primeira de um brasileiro. “Foi uma das conquistas mais sensacionais, também por ser do meu patrocinador”, diz o ídolo do surf, que agora vê seu filho Ian Gouveia competir e tentar a requalificação ao CT, começando justamente pela etapa de Noronha. “Sei separar muito bem. Tem a torcida para ele, mas faço o meu trabalho”, fala.

Fabinho Gouveia parou de competir no Circuito Mundial em 2009, segue em competições master, chegou a ser campeão brasileiro e terceiro nos mundiais da ISA e da WSL. Hoje divide o seu tempo também fabricando pranchas em Florianópolis, que levam o seu nome Fabio Gouveia Surfboards. “Fazia pranchas desde 1991, cheguei a competir com elas, mas não dava para acumular tudo. Sempre quis contribuir para a evolução do surf. Hoje faço o shape e a pintura”, explica.

Andando de um lado para o outro, conversando com comissão técnica e atletas, Fabinho está com um sorriso no rosto e sempre disposto a atender todos. “Estou amarradão. Vim para surfar também, mas no segundo dia tomei uma lapada. A Cacimba me pegou de surpresa e torceu meu joelho direito. Vou ficar de molho quietinho, só de olho na galera”, completa.

Veja também: Lucas Chumbo e Kai enny são campeões do Nazaré Tow Surfing Challenge

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