Uma baleia encalhada em uma praia na Tailândia havia mais de um mês morreu, no início desta semana, apesar dos esforços de uma equipe de veterinários para salvá-la. A autópsia, que foi divulgada nesta sexta (3), constatou a causa da morte – e o motivo do salvamento não ter surtido efeito: a jovem baleia piloto tinha mais 80 sacolas plásticas em seu estômago, além de outros detritos plásticos. O lixo plástico inflou dentro de seu sistema digestivo. Ela não conseguia mais se alimentar e morreu, estimam os veterinários, de fome.
A Tailândia é um dos maiores responsáveis por poluição de plásticos nos oceanos em todo o mundo. Apesar de não serem famosas pelas ondas, as praias de seu litoral atraem milhões de turistas todos os anos e o governo tem dificuldades de implementar regras mais rígidas de respeito ao meio-ambiente. Há cerca de dois meses, a paradisíaca praia de Maya Bay teve que ser fechada para que o volume de turistas não comprometesse de maneira irreversível a bancada de corais da região.
A Indonésia, considerada o maior poluidor dos oceanos com plástico no planeta, iniciou recentemente um programa para tentar controlar a atividade. Encabeçado pela ONG Parley TV e pela World Surf League, o programa foi lançado durante a etapa de Keramas do Circuito Mundial, renomeada como Corona Bali ProTected e pretendia tornar a ilha de Bali completamente livre da poluição por plástico até 2020.
A comunidade do surf é sensível – mas talvez devesse até ser mais, inclusive aqui no Brasil – ao problema dos plásticos e da poluição em geral nos oceanos.
Recentemente, a imagem de uma praia inteiramente coberta por lixo em Santo Domingo, República Dominicana, provocou a revolta de nomes como Kelly Slater e Carlos Burle, que a compartilharam em suas redes sociais.
A praia em questão foi alvo de uma mega ação da ONG Sustainable Coastlines, que afirma que retirou toda a sujeira do local, em três dias de esforços colaborativos envolvendo a população, bombeiros e voluntários estrangeiros.
Imagens: reprodução/Thaiwhales