"De acordo com nossa fonte, o financiador da WSL está atualmente “conversando com uma empresa global de sportswear”, tendo como objetivo final (da perspectiva da ZoSea) ter seu nome em todos os eventos do ano". Foto: Divulgação
Curiosamente no dia 1º de Abril, o site BeachGrit divulgou uma notícia um tanto quanto bombástica: segundo uma fonte interna da WSL (que preferiu não se identificar), as marcas de surf não deverão continuar fazendo parte da organização.
Com problemas financeiros, a WSL deverá tomar algumas atitudes “catastróficas” para o Circuito dos Sonhos ("os melhores surfistas, nas melhores ondas"): investir no mainstream e na audiência em detrimento da qualidade das ondas nas etapas – realizadas, muitas vezes, em locais remotos. Como mudanças imediatas, Fiji estaria fora do calendário do Tour.
Abaixo, leia o texto traduzido na íntegra. E clique aqui para conferir a matéria original.
De acordo com uma fonte da WSL que falou com o BeachGrit (e não quis se identificar), teremos grandes tempestades a caminho.
Já faz tempo que não é nenhum segredo que o novo Tour está operando fortemente no negativo, e os dólares de patrocínio que a ZoSea está injetando provaram-se exponencialmente tímidos na hora de fechar os contratos.
De acordo com nossa fonte, o financiador da WSL está atualmente “conversando com uma empresa global de sportswear”, tendo como objetivo final (da perspectiva da ZoSea) ter seu nome em todos os eventos do ano.
Enquanto nossa fonte se negou a citar uma marca específica, as informações disponíveis indicam uma marca de calçados que, por mais de uma vez, mergulhou no mercado do surf antes de eventualmente se retirar para territórios mais lucrativos.
Infelizmente, principalmente para Paul Speaker e equipe, as preocupações acerca dos fracos números do webcast da Gold Coast, exacerbadas pelas crescentes dúvidas de que a ZoSea seria propriamente capaz de administrar e capitalizar o tour, fizeram com que suas estratégias de negócios fossem levadas às negociações em curso.
“O evento da Gold Coast foi muito ruim, e existe pressão para mudar mais eventos para o território americano. Eles querem descartar Fiji em troca do US Open como uma última adição para esta temporada e incluir outro evento na Califórnia para 2016… seria como pegar um evento do QS que já existe e usar sua infraestrutura para economizar dinheiro.”
Isso não deve soar como uma surpresa. Há tempos que o campeonato em Fiji tem sido um pesadelo em termos de logística, e a natureza remota dos picos torna impossível cobrir as despesas com publicidade e licenças locais.
“Tem muita gente que sente que a qualidade das ondas deve ser uma preocupação secundária quando comparada a levar as pessoas aos eventos. Esses caras vêm da mídia mainstream e não entendem como isso é ruim. Na cabeça deles, tudo se resume a audiência.”
Infelizmente, isso não é tudo. Como resposta, todas as marcas de surf vão cair fora de seus eventos já existentes, usando várias brechas para escapar dos acordos contratuais.
Os detalhes são vagos, mas a fonte acredita que é provável que a Quiksilver vá alegar a “má administração” prevista no contrato, usando o evento na Gold Coast como um pretexto para desistir do tour sem ser penalizada.
Isso representa a segunda vez em dois anos que más notícias para a Quiksilver são divulgadas no dia 1º de Abril, sem dúvidas colocando em questão sua veracidade. Mas, assim como Slater abandonou o barco em 2014, isso, infelizmente, é seríssimo.
Você pode esperar para ver que qualquer menção às marcas de surf serão rápida e silenciosamente varridas do site da WSL, com questões judiciais posteriores.
