Gabriel Medina só depende de si para trazer o primeiro caneco de campeão mundial para o Brasil. Foto: ASP
Estamos a poucos dias do início do Pipe Masters, evento de encerramento do World Tour, que definirá o campeão mundial da temporada entre os dias 8 e 20 de dezembro, no North Shore de Oahu, Hawaii. O brasileiro Gabriel Medina, o australiano Mick Fanning e e o americano Kelly Slater são os três concorrentes ao caneco do ano.
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Com três vitórias nesta temporada, Medina é o líder com 56.550 pontos; seguido por Mick na vice-liderança com 53.100; com o Careca, dono de 50.050 pontos, na terceira colocação. O brasileiro chega ao Hawaii dependendo apenas de si para trazer o primeiro título de campeão mundial para o Brasil. Para garantir o título, o paulista precisa alcançar à decisão da última etapa do Tour, ou torcer por um tropeço precoce que Slater e Fanning.
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O paulista de Maresias usou uma estratégia diferente dos adversários, ao optar não usar o jet-ski para retornar ao outside em momentos cruciais. A jogada de mestre deu resultado e Gabriel desbancou os locais e maiores campeões do pico – Mick Fanning, Taj Burrow e Joel Parkinson, nas fases finais. Com performances que não eram vistas há tempos por um goofy, Medina sagrou-se o primeiro campeão brasileiro do Quiksilver Pro Gold Coast.
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CLOUDBREAK, FIJI
Uma derrota precoce no Rio fez Medina chegar a Fiji na terceira colocação do ranking.
O brasileiro apavorou nas ondas de Cloudbreak desde o início da etapa e manteve-se no comando das ações até o último dia de prova. Com tubos perfeitos entre 3 e 6 pés durante todos os dias de evento, Medina mostrou-se tecnicamente maduro, com leitura de onda e estratégias de baterias impecáveis.
Na decisão, Medina aplicou outra jogada de mestre ao atrair o californiano Nat Young para dentro do pico e dropar uma onda pequena para se reposicionar. O paulosta garantiu sua segunda vitória na temporada e voltou a liderar o ranking do WCT.
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TEAHUPOO, TAHITI
A última vitória do brasileiro nesta temporada aconteceu em Teahupoo, no Tahiti. A competição foi apontada por muitos como a mais épica da história do esporte, graças ao swell que proporcionou tubos clássicos de até 15 pés e condições desafiadoras para os melhores surfistas do mundo.
Enquanto os holofotes estavam voltados para os favoritos John John Florence e Kelly Slater, Medina foi avançando suas baterias com uma solides absurda. O brasileiro ganhou confiança durante o evento. Errou muito pouco e levou o único wipeout da competição na final.
Slater derrota John John em um duelo histórico na semifinal. Medina havia apostado nos longos tubos do inside desde o início da competição, mas sabia que precisava mais que isso para vencer Slater na decisão.
Gabriel Medina encarou o 11 vezes campeão mundial em uma decisão com todos os ingredientes de um grande batalha: caldos cabulosos, high scores, air drops e tubos majestosos.
Além de repetir o feito do niteroiense Bruno Santos, único brasileiro até então a conquistar o título da etapa taitiana do WCT, em 2008, Medina provou que está pronto para dropar as maiores séries, colocar nos maiores tubos, e superar quem aparecer no seu caminho para conquistar seu primeiro título mundial.
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