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Medina prova novamente que está pronto para enfrentar qualquer tipo de onda. Foto: ASP/Will-HS
O brasileiro Gabriel Medina conquistou o Billabong Tahiti Pro 2014 com uma vitória histórica sobre o 11 vezes campeão mundial Kelly Slater em um dia de ondas perfeitas de até 12 pés em Teahupoo. A vitória deu ao brasileiro uma ampla vantagem na liderança do ranking mundial, e o colocou 7.800 pontos a frente de Kelly Slater, que agora é vice-líder.
A competição teve todos os ingredientes de um grande espetáculo: pranchas partidas, caldos cabulosos, high scores, air drops e tubos majestosos.
Referências do esporte como Mick Fanning, Mark Occhilupo e o próprio Kelly Slater apontaram o evento como um dos melhores de todos os tempos. Assim que o evento começou, Kelly usou seu Intagram (@kellyslater) para comentar: “Hoje vai ser interessante. O maior mar que eu já vi desde 2002 quando eles paralisaram a competição. Eu sei que 2011 estava maior, mas a competição não aconteceu aquele dia”.
Após a decisão, Mick usou suas redes sociais para parabenizar o brasileiro pela conquista e afirmou ter presenciado a melhor competição da história: “Wow, este foi o melhor dia na história das competições. Parabéns Gabriel Medina pela grande vitória”.
Na transmissão internacional, o veterano Mark Occhilupo também fez questão de frisar várias vezes que aquele eram as melhores condições que ele já havia visto em uma competição.
Separamos o vídeo com todas as baterias de Gabriel Medina para você analisar a performance do brasileiro durante toda a competição. Assista abaixo:
ROUND 1
Depois de três dias de folga foi dado início ao Billabong Pro Tahiti, em condições quase que épicas na bancada de Teahupoo. Gabriel Medina mostrar que tem disposição para dropar os grandes bowl de oeste que levantavam no outside. Depois de tirar 6.93, o atual líder do ranking mundial completou um tubo pesado com os braços levantados para descolar 7.40. Apesar do tubo não ter sido longo, o brasileiro conseguiu a nota necessária para derrotar Taumata Puhetini, local vencedor da triagem, e o aussie Mitch Crews.
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ROUND 3
No terceiro dia de competição, Medina derrubou o australiano Nathan Hedge, um dos favoritos da etapa, e deu mais um passo em direção ao título do Billabong Tahiti Pro. Medina estava à vontade no pico. Depois de arrancar 9.77 e 9.03 (2m35 e 13m30 do vídeo), deixou Nathan Hedge em situação complicada, e ainda descartou notas como 8.93, 8.67 e 8.50, na vitória por 18.80, contra 13.44 do australiano classificado para prova pelas triagens.
O paulista garantiu vaga na quarta fase e ainda assistiu seus principais concorrentes ao título, Joel Parkinson, Mick Fanning e Taj Burrow, segundo, terceiro e quarto colocados no WCT, respectivamente, caírem em mais um dia de notas altíssimas e tubos perfeitos de 12 pés em Teahupoo.
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ROUND 4
O último dia de competição começou com ondas perfeitas de até 12 pés em Teahupoo. Gabriel começou com uma vitória sobre o californiano Kolohe Andino e o australiano Bede Durbdge no Round 4.
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QUARTAS DE FINAL
Medina voltou a enfrentar o americano Kolohe Andino nas quartas de final. Enquanto a dupla brigava por um melhor posicionamento no outside durante os 15 primeiros minutos da bateria, algumas séries quebraram vazias e os juízes decidiram não reiniciar o duelo. Com um placar encerrado em 17.27 contra 15.27, Medina venceu Kolohe pela segunda vez na competição, mas desta vez eliminou o jovem talento americano.
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SEMIFINAL
Na bateria seguinte o paulista teve outro encontro com Bede Durbidge. As séries estavam demoradas e o australiano não se achou no mar. Com três ondas surfadas por cada atleta, Medina avançou à final com o placar de 18.67 contra 4.17.
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FINAL
Na decisão, Medina abriu com 7.90 e conseguiu forçar a remada de Slater em uma onda inconsistente para retomar a prioridade. O brasileiro aproveitou a oportunidade para disparar na frente com 9.07. Em um novo erro do Careca, que desta vez vacou em uma intermediária, Medina aumentou a vantagem com 9.43.
Na série seguinte, Slater saiu da combinação depois de passar por dentro de uma grande placa e ser recompensado com 9.63. Com a prioridade, Medina pegou sua melhor onda da bateria (9.43) e abriu ampliou a vantagem sobre Slater. Precisando de 9.33, Kelly correu um tubo longo, mas acabou desequilibrando na saída e desperdiçando o que muitos achavam ser sua última grande chance a 2 minutos do final. Quando chegou ao outside, antes mesmo de sentar na prancha, dropou um intermediária e segurou o máximo que pôde dentro do tubo para deixar todos apreensivos no canal. Depois de uma espera de três minutos, os juízes anunciaram 9.30 e a vitória do brasileiro Gabriel Medina.
Além de garantir 10.000 pontos no ranking, engordar sua conta bancária com US$ 100 mil, e repetir o feito do niteroiense Bruno Santos, único brasileiro até então a conquistar o título da etapa taitiana do WCT, em 2008, Medina provou que está pronto para dropar as maiores séries, colocar nos maiores tubos, e superar quem aparecer no seu caminho para conquistar seu primeiro título mundial.
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