Por Fabio Cerdeira
Se fôssemos aquelas tiazinhas de 200 anos, hoje era dia de apertar a buchecha do Heitor e dizer: “você é um orgulho, menino.” Mas antes de irmos ao assunto principal, é preciso dizer que a disputa para funcionário desse mês foi a mais acirrada de todos os tempos. Heitor disputou palmo a palmo com outro goofy, o australiano Owen Wright. O Comitê de Notáveis do CDO teve dificuldades para chegar a um veredicto e, no final, pesou uma coisinha chamada patriotismo. Portanto, os australianos que tratem de criar um prêmio desse porte para oferecer ao Owen. Porque esse aqui é do brasileiro Heitor Alves.
O motivo da vitória do Heitor não é só pelos resultados que ele apresentou nas últimas etapas, é pelo profissional que ele é. O Heitor não é estrelinha, o Heitor não está preocupado com a entrevista pós-bateria, o Heitor não pensa só nos flashes e revistas (embora ele precise disso para que o patrocinador pague suas contas). Tudo o que o Heitor faz é entrar na água e surfar o melhor que pode. Sempre. Ele apostou que seu surf faria tudo por ele. E ganhou a aposta. Com humildade, trabalho e talento, Heitor é daqueles que merecem mais. Mais vitórias, mais pódios e mais atenção. A julgar pela potência das pauladas que ele vem dando nas ondas, parece que ele vai conquistar tudo isso na marra. Boa Heitor. Você é um orgulho, menino.
Fabio Cerdeira é autor do blog Cérebro de Ostra