A WSL não vai ter um campeonato de ondas grandes em Jaws na temporada de inverno que está prestes a se iniciar. O anúncio, feito no dia 1º de novembro passado, foi curto e grosso, com a WSL afirmando, sem explicar as razões, que a entidade “não recebeu a licença necessária para operar o evento”.
Desta maneira, o capenga Big Wave World Tour da WSL foi reduzido pela metade, de dois campeonatos para apenas um, o Tudor Nazaré Big Wave Challenge, em Portugal. A janela para esse evento abriu em 1º de novembro e fecha em 31 de março de 2025.
O local de Maui, Billy Kemper, venceu quatro das cinco edições do evento da WSL em Jaws
A WSL realizou pela primeira vez o Pe’ahi Big Wave Challenge em 2015, que seguiu com edições anuais até ser cancelado em 2020 devido à pandemia do COVID. Ao longo dos cinco anos em que ocorreu o campeonato foi dominado por surfistas locais. Billy Kemper teve quatro vitórias e Ian Walsh, com uma nota 10 histórica, venceu em 2017. Foi o único ano em que Kemper não subiu ao lugar mais alto do pódio. Entre as mulheres, Paige Alms, também de Maui, venceu o evento três vezes.
Ian Walsh é um dos surfistas que mais se destaca em Jaws. Em 2017, foi dele a honra de erguer o troféu de campeão do evento da WSL. Foto: Amanda Beenen-Cantor / WSL
O cancelamento ocorre em um momento em que os surfistas de ondas grandes, carentes de eventos, estão colocando suas esperanças na recém lançada Big Wave Alliance. Com o shaper e big rider californiano Gary Linden à frente, a iniciativa busca criar um tour paralelo, com seis eventos em diferentes partes do planeta, para coroar seus próprios campeões de ondas grandes.
A combinação de conhecimento local, coragem e técnica apurada, levou Paige Adams ao tricampeonato em Jaws. Ela vai ser falta do evento. Foto: WSL
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