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WSL se complica mais: Nat Young acusa entidade de omissão

Em um comentário no próprio post onde a WSL assumiu o erro de julgamento em sua bateria durante o Gold Coast Pro, o surfista californiano Nat Young acusou a entidade de omitir sua posição sobre o assunto. “Pelo que eu entendi do ocorrido, a onda foi perdida, e foi assim que o 4.03 foi determinado. Eu nunca concordei que fosse um 5 ou 6” disse Nat, se referindo à narrativa da WSL de que ele teria se reunido com o Juiz-Chefe e, pelo que fica subentendido, concordado com o que foi dito.

De acordo com o post da WSL, “o Juiz-Chefe e Nat se reuniram para uma revisão da bateria e assistiram a todas as ondas de Nat, Mikey e Charly. Foi reconhecido e admitido que o 4.03 de Nat estava, de fato, sub pontuado e a onda deveria ter sido na faixa de 5 ou 6 pontos. Mesmo que não fosse o 7.21 que Nat precisava para avançar, ainda queríamos reconhecer o erro”. O problema é que Nat não concordou que sua onda não pudesse ter chegado ao 7.21 que ele precisava. 

A inédita admissão de erro no julgamento por parte da WSL não foi suficiente para conter a revolta, pelo contrário, colocou mais lenha na fogueira.

O erro da WSL deixou a todos que assistiram a onda em questão revoltados, de competidores a fãs, incluindo surfistas de peso, entre eles os múltiplas vezes campeões mundiais Gabriel Medina, Filipe Toledo e Kelly Slater. Outra questão muito cobrada, além do erro crasso na nota dada a Nat, foi a razão pela qual a WSL vem ignorando os protestos de brasileiros em eventos do Championship Tour. Como é que, justamente num evento da divisão de acesso, a Challenger Series, e numa polêmica protagonizada por um norte-americano, é que a entidade resolve fazer uma inédita admissão de erro? 

+Parabéns Gabriel Medina pela coragem de falar

Nada contra o Nat, que está no seu direito e com plena razão de fazer sua reivindicação, mas a estranheza fica por conta do que aparenta ser uma discriminação da WSL em relação a nacionalidade de quem reivindica. Qual seria o motivo para escutar um norte-americano e constantemente ignorar, e até ameaçar de punição, os brasileiros que reclamam?

Nat Young quis deixar bem claro que não concorda com a WSL

O consenso no meio do surf é que a WSL precisa urgentemente rever seu sistema de julgamento. A partir do momento em que os juízes perdem sua credibilidade, o Circuito Mundial como um todo perde valor. Entre as consequências, os campeões da WSL em seus diferentes circuitos ficam sujeitos a ter seus títulos contestados. Com isso, os fãs se afastam, frustrados em ver seus ídolos sendo injustiçados.

No Gold Coast Pro, Nat Young demonstrou a eficácia de sua ataque de backside, mas os juízes da WSL não conseguiram enxergar isso com a devida justiça. Foto: WSL / Cait Miers

A partir dessa acusação de Nat a situação se agrava pois a impressão passada é de que a entidade teria agido de má fé, tentando contornar o erro de uma forma que não foi aceita pelo surfista prejudicado, ao dar uma versão que não condiz com a posição dele. A palavra final e a que fica valendo é a de Nat Young afirmando em relação à sua nota que “eu nunca concordei que fosse um 5 ou 6″. 

 

 

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