22.9 C
Hale‘iwa
sexta-feira, 15 março, 2024
22.9 C
Hale‘iwa
sexta-feira, 15 março, 2024

Morando em Maui, Philippe Chagas mira o Challenger Series

A história de Philippe Chagas com o surf começou cedo. Aos quatro anos de idade ele já deslizava pelas ondas de Perequê Açu, em Ubatuba (SP), por influência de seu pai, Wesley.

Sua família tinha um trailer localizado na praia Vermelha do Norte, e Philipe passou boa parte da infância dividindo as ondas do lugar com seu pai e com o então surfista profissional João Santana.

Incentivado pela família, aos sete anos ele passou a frequentar as aulas da escolinha municipal de surf de Ubatuba e a ingressar em suas primeiras competições.

Sua habilidade por surfar ondas mais pesadas e tubulares, lapidada nas ondas da Vermelha do Norte, ao lado de amigos e ídolos como Odirlei Coutinho, passou a chamar a atenção, assim como os resultados nas competições: dois títulos de campeão ubatubense, campeão paulista, entre outros resultados mostraram que o surf profissional seria o caminho natural a seguir.

Veja também

+ Jamie O’Brien ataca de ‘operário do surf’

+ Kai Lenny e Ian Walsh surfam o melhor Mavericks de suas vidas

+ Samuel Pupo e João Chianca garantem vaga no CT 2022 e JJ Florence vence o Haleiwa Challenger

Após se profissionalizar, o objetivo passou a ser o ingresso na elite mundial do surf, porém, a falta de apoio e as dificuldades enfrentadas por muitos surfistas que batalham um lugar no “Olimpo do surf”, colocaram em dúvida esse propósito.

Foi então que em 2017, aos 20 anos, Philippe se mudou para a Califórnia em busca de novas oportunidades e lá conheceu o técnico Pedro Robalinho, que o convenceu a mudar-se para Maui, no Havaí, onde vivia e treinava outros surfistas profissionais.

phillippe chagas
Ataque aéreo em Wai side, Maui. Foto: Varney Jhon

A identificação com a ilha havaiana foi imediata. Segundo Philippe conta, um lugar muito parecido com Ubatuba.

A experiência de viver e treinar com o Pedro Robalinho em Maui tem sido incrível. Surfar ondas de classe mundial como Honolua Bay, além de secret spots que oferecem ondas pesadas e tubulares. A ilha tem ondas muito boas e de diferentes tipos. Além do fato de estar do lado de Oahu, então, sempre que entra um bom swell lá, eu tenho a opção de pegar um voo para surfar Pipe ou Sunset, que são ondas que fazem parte do tour e eu também gosto de surfar. Estou há quatro anos morando na ilha e estou muito feliz com minha evolução”, conta o surfista.

Philippe também destaca o papel do técnico Pedro Robalinho: “Em 2018 me mudei para Maui e em 2019 comecei a trabalhar pra valer com o (Pedro) Robalinho. Nós fizemos um projeto, conseguimos alguns apoiadores e voltamos de cabeça para o Tour. Nosso objetivo naquele ano era conseguir qualificação para os eventos QS 6000, pois naquele ano eu não tinha nenhuma pontuação e havia um corte no meio do ano. Consegui fazer uma final em Huntington Beach, ficando com o vice-campeonato do QS 15000 Jack’s Surfboards, entre outros bons resultados, e consegui a qualificação”, conta.

Porém, enquanto se preparava para alçar voos maiores, veio a pandemia de Covid-19 e os eventos foram suspensos.

A rotina de treinos ao lado de Pedro Robalinho, porém, se manteve forte. Mas a falta de ritmo de competição pesou um pouco na retomada dos eventos QS da WSL e Philippe não conseguiu os resultados que esperava, apesar de estar surfando melhor do que nunca.

Por isso mesmo, o objetivo se mantém firme para 2022: ingressar no Challenger Series.

Competindo na região da América do Norte, Philippe se prepara para o primeiro campeonato, em maio, nos EUA.

Em 2022 Philippe contará com o suporte de seus apoiadores e um novo patrocinador, fundamentais para manter a tranquilidade e o foco nos treinos e nas baterias.

Para acompanhar o dia a dia do surfista, siga @chagas_Philippe.

*Por Luciano Meneghello

Receba nossas Notícias no seu Email

Últimas Notícias