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Circuito APGS: Nova geração do surf dá show em Praia Grande

O Circuito APGS de Surf 2021 apresentado e patrocinado pela Sculp Construtora e Incorporadora teve a sua primeira etapa finalizada neste domingo (17/10), na Praia do Boqueirão, e começa a desenhar os futuros campeões municipais 2021 da Praia Grande.

No sábado, já haviam sido definidos os campeões em sete categorias, com destaques para os atletas da Praia Grande, tendo Kemily Sampaio com a primeira colocação na Sub18 e Carol Bastides com a Sub14. E o local Vini Palma foi implacável, venceu em três categorias, Sub10, 12 e 16. O guarujaense John Muller venceu a Sub14. O título de campeão da Longboard ficou com o itanhaense Carlos Eduardo.

O domingo, começou com condições difíceis, vento forte, chuva e ondas mexidas exigindo o máximo de todos os competidores, no entanto, no decorrer do dia o mar foi melhorando e altas ondas rolaram na praia do Boqueirão para finalizar a primeira etapa do Circuito APGS de Surf 2021 apresentado e patrocinado pela Sculp Construtora e Incorporadora, com homologação da Federação de Surf do Estado de São Paulo (SPSurf).

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A primeira bateria a entrar no mar foi a longboard feminina com a santista Kaylane Souza mostrando que em termos de pranchão ela mostrou toda a liderança e sagrou-se campeã. Outras duas santistas garantiram o segundo e terceiro lugares, Gabriela Andrade e Nicole Aranha, respectivamente e, a quarta colocação, ficou com a praiagrandense Debora Balbino.

APGS Surf Praia Grande
Carol Bastides. Foto: Victor Surfline

Na categoria Stand Up Paddle, a disputa foi acirrada, com os vicentinos Leo Gimenez levando a melhor com a primeira colocação e seu pai, Luk Luciano, garantindo a vice-liderança. Já o terceiro e quarto lugares ficaram para os praiagrandenses Makaruba e Karl Stricker, respectivamente.

As disputas da categoria Kahuna, para os acima dos 45 anos, chamaram a atenção do público e o surfista vicentino, segundo lugar na Sup Wave, Luk Luciano, virou na última onda e garantiu o primeiro lugar, deixando o santista Edson Vieira, que vinha liderando a bateria até os minutos finais, com a segunda posição. O terceiro lugar ficou para o surfista de Praia Grande, Leandro Pereira e quarta colocação com Marcos Matsubara.

Na Sub18 Masculina, a primeira colocação ficou para Tierres Alves, de Mongaguá e a vice foi conquistada pelo santista Noa Danucalov. Em terceiro lugar ficou o sebastianense Chandler Ribeiro. A quarta posição foi conquistada por Gustavo Giovanardi.

A praiagrandense Kemily Sampaio, no sábado, já tinha garantido o primeiro lugar na Sub 18 e manteve sua superioridade ao sagrar-se vencedora na categoria Open.. O segundo lugar ficou para a santista Kaylane Souza e a terceira posição foi conquistada por Luany Ribeirinho, de Mongaguá. A quarta posição ficou para outra santista, Gabi Muntaner. “Essa foi a primeira vez que eu venci na minha cidade e só tenho a agradecer a minha família e aos meus apoiadores”, disse.

APGS Surf Praia Grande
Luan Carvalho. Foto: Victor Surline

A disputa na categoria Open Masculino foi de alto nível, com show de rasgadas e batidões até o inside e o atleta local, Luan Carvalho, mostrou todo o seu surfe nas ondas que quebraram na praia de Boqueirão, além de vencer a bateria ele foi o dono da melhor onda da etapa, que lhe rendeu um 9,83 e o primeiro lugar. Outro praiagrandense, Diego Bispo, até que tentou garantir o título da etapa, mas não conseguiu e ficou com a vice-liderança. O vicentino Antony Silva fechou na terceira posição e Gabriel Novaes, da Praia Grande, finalizou a primeira etapa na quarta colocação. “Muito feliz de ter surfado três baterias de alto nível e vencer. Outra coisa que eu achei muito importante foi a abertura que a associação deu para o surf adaptado e para o surfe feminino também. Isso só mostra para as outras associações que é possível fazer”, disse, Luan.

“Trabalhamos intensamente para realizar este evento e oferecer um campeonato de ponta para nossos atletas e aos que vieram de outras cidades competir no circuito. Só tenho a agradecer a todos que, diretamente ou indiretamente, ficaram até o final e se empenharam para que tudo isso acontecesse. Agora, é arregaçar as mangas e focar na segunda etapa”, disse o presidente da APGS, Michael Cardoso.

Apresentação Surf Adaptado

APGS Surf Praia Grande
Thiago Dantas. Foto: Victor Surfline

Durante os dois dias de evento o surf Adaptado foi um show à parte para o público que prestigiou a primeira etapa do Circuito APGS de Surf 2021 apresentado e patrocinado pela Sculp Construtora e Incorporadora.

Os atletas PcDs, com certeza deixaram suas marcas nas mentes e corações de muitas pessoas e mostraram que o surfe é uma poderosa ferramenta de inclusão social. Os quatro atletas que se apresentaram merecem todo o respeito: Thiago Dantas, 36 anos, da Praia Grande, perdeu os movimentos das pernas após um acidente de carro. Ele surfa desde os 15 anos e, há quatro anos, é surfista adaptado. Richard Dias, de Itanhaém, nasceu sem os membros superiores e já praticou capoeira, judô, skate, jiu-jitsu e agora é competidor de surfe adaptado, está sempre ao lado do seu amigo e professor Caê Ribeiro, idealizador do projeto social Surf Cibra, em Itanhaém.

Completaram a apresentação Wendel Sabino, 39 anos, da Zona Leste de São Paulo, que surfa há oito anos e, após um acidente de moto, neste ano, perdeu parte da perna esquerda e retornou ao surfe na abertura do Circuito APGS de Surf 2021 e, para completar a equipe, a única mulher entre os adaptados, Malu Mendes, 28, campeã mundial do surf ISA parasurfing 2020, filha do surfista Paulo Kid. Ela superou todas as dificuldades graças ao surfe, desde que foi vítima de paralisia cerebral. Vale ressaltar que todo o trabalho para a inclusão do surf adaptado neste evento se deve ao também surfista adaptado, Vitor Iglesias, membro da APGS.

O idealizado da primeira escola pública de surfe adaptado do mundo, Cisco Araña, prestigiou o último dia de campeonato e entregou a premiação para os surfistas PcDs que se apresentaram na primeira etapa do Sculp Circuito APGS de Surf 2021. “Essa iniciativa da Associação Praia Grande de Surf é superimportante e todos os patrocinadores têm que apoiar a questão da inclusão da acessibilidade, mobilidade, isso é um crescente no mundo todo e a gente quer o surf adaptado nas olimpíadas também. Isso é um processo. Espero que a Praia Grande, assim como Santos, Guarujá, São Vicente entre as demais cidades que trabalham o surfe façam iguais e que isso seja um grande exemplo. E, podem contar com a Blue Med, para que a gente cresça junto. Um grande aloha a todos”. Disse Cisco.

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