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WSL anuncia campeonatos de aéreos na França e na piscina de ondas

A WSL anunciou nesta quinta (12) o lançamento do Air Invitational, seu primeiro campeonato exclusivo de aéreos. Idealizado e organizado pelo ex-top do circuito e reconhecido aerialista Josh Kerr, o campeonato acontecerá durante a etapa da França do circuito mundial, em Hossegor, entre os dias 3 e 14 de outubro. Antes disso, no Surf Ranch Pro, etapa realizada na piscina de ondas de Kelly Slater entre 6 e 9 setembro, um pequeno evento de exibição será apresentado ao público, provavelmente com a versão definitiva da nova rampa projetada projetada ali com o auxílio de Kerr e do free-surfer Albee Layer.

Dezoito surfistas vão participar do Air Invitational, em uma lista que vai combinar free-surfers, competidores do CT e atletas escolhidos pelo público. Filipe Toledo, Chippa Wilson, Albee Layer e Mikey Wright estão entre os confirmados. A WSL não informou quando irá definir a lista completa.

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O campeonato é parte do projeto da nova direção da liga de diversificar e trazer novidades ao circuito. Outro exemplo desse movimento é a parceria com o Surf Ranch e as atividades promovidas ali: novos formatos de disputa (como a etapa do Surf Ranch), novos tipos de competição (Founder’s Cup) e uma nova relação com o público a partir da venda de ingressos para assistir aos campeonatos e a outras atrações ali.

Será também na piscina de ondas a primeira exibição da faceta aerialista da WSL. Chippa Wilson, Albee Layer e mais dois surfistas do CT (ainda a ser decidido) participarão do Air Exhibition, no sábado (6), após o primeiro dia de competição dos tops no Surf Ranch Pro.

Circuito Mundial de Aéreos x Circuito Mundial de Surf Não Tão Progressivo

A perspectiva de ver caras como Chippa e Albee disputando quem manda o aéreo mais sinistro ao vivo, em rede mundial, é uma das mais excitantes possíveis no contexto do surf atual. Entretanto, a organização do campeonato simultaneamente à etapa da França levanta uma dúvida. Ao longo dos últimos anos, diversas vezes a nota máxima foi dada para ondas com apenas um aéreo, ou para uma combinação – como demonstrou Filipe Toledo em Saquarema, este ano, e em J-Bay, em 2017, respectivamente.

Ou seja: qual será a avaliação dessas manobras e um campeonato dedicado exclusivamente aos aéreos? Eles já não são devidamente reconhecidos e estimulados no circuito? O fato de uma competição se dedicar apenas aos aéreos pode deixar o surf das baterias do CT mais conservador?

Sem querer adiantar nenhuma crítica, mas apenas por um exercício de curiosidade: faz sentido existir um campeonato apenas para aéreos? Se esse campeonato vingar e ganhar todo um circuito paralelo, qual o efeito disso sobre o outro circuito? Vai mudar de nome? Circuito mundial sem aéreos? Circuito mundial de surf não tão progressivo? Essa polarização é benéfica para o nosso país esporte? Queremos ouvir sua opinião.

Na foto de capa: Filipe Toledo, rumo à vitória em Saquarema
Texto: Redação HC

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