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Covid-19: Surf volta a ser proibido no RJ

O surf volta a ser proibido no RJ nesta segunda-feira (8), após o juiz Bruno Bodart da Costa derrubar trechos dos decretos do governador Wilson Witzel e do prefeito Marcelo Crivella, que autorizavam a flexibilização das medidas de isolamento social contra a Covid-19.

Portanto, estão suspensas a reabertura gradual proposta pela Prefeitura do Rio e a liberação de vários setores autorizada pelo Palácio Guanabara.

Consequentemente, o surf volta a ser proibido no RJ, bem como caminhadas na orla e outras atividades liberadas até esta segunda (8).

Apesar disso, surfistas pegavam onda no Arpoador, e pessoas se exercitavam na Praia da Barra na manhã da terça-feira (9).

Uma nova audiência para tratar do tema foi marcada para quarta-feira (10), às 14h. Terão de participar da reunião os secretários de Saúde do estado e do município.

Pela decisão judicial, não pode mais:

– Abrir concessionárias ou lojas de móveis e decoração;
– Montar barracas de camelôs;
– Fazer atividades ao ar livre (seja em calçadões ou em parques)
– Nadar ou surfar no mar;
– Agendar outros serviços no Detran;
– Organizar cultos religiosos presenciais (que já estavam suspensos).

A decisão judicial não mexe com os transportes intermunicipais — no sábado (6), foram desfeitas as barreiras pelas quais só passavam trabalhadores de serviços essenciais.

O juiz também estabeleceu que, caso as medidas determinadas por ele não fossem cumpridas, Crivella e Witzel deverão pagar multa de R$ 50 mil.

“O risco de grave dano irreparável para a concessão da liminar está presente, afinal o relaxamento inadequado das medidas de isolamento social pode causar aceleração do contágio por Covid-19 de difícil reversão, mesmo que as restrições voltem a ser estabelecidas”, escreveu Bodart.

Na sexta (5), o governo do estado soltou um decreto em que autorizava – mas não obrigava – a reabertura de bares, restaurantes e shoppings e até a volta do futebol. Cabe às prefeituras decidir o que vale ou não.

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‘Consequências desastrosas’

Para a médica pneumologista e pesquisadora da Fiocruz Margareth Dalcomo, as consequências de uma reabertura sem embasamento “são desastrosas”.

“Essa confusão seguramente não ajuda as pessoas. Elas também estão cansadas, são três meses de epidemia. Essa desinformação não diz para elas que a epidemia continua crescendo e que os cuidados têm de ser tomados”, disse, em entrevista ao Bom Dia Rio.

Margareth afirmou ainda que o Rio não atingiu o ideal de 70% de isolamento social. “Tivemos um corte social. As classes mais favorecidas fizeram o isolamento; as pessoas que precisam sair para sua subsistência foram para a rua e se expuseram – e ocuparam os leitos”, explicou.

 

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