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Quik Pro: Herdy, Panda e Peterson avançam em D’bah

Willian Cardoso, Peterson Crisanto e Mateus Herdy estão no R3 do Quik Pro. Jadson, Caio, Kelly e Fioravanti são os primeiros últimos-colocados do ano

Por Fernando Guimarães

O CT 2019 conheceu na virada de quarta, 3, para quinta, 4 (horário brasileiro), os primeiros últimos colocados do ano: Leo Fioravanti, Caio Ibelli, Kelly Slater e Jadson André são os trigésimos terceiros colocados do Quiksilver Pro Gold Coast — que, por sinal, até agora, tem rolado na Tweed Coast, estado de New South Wales, e não na gêmea dourada de Queensland.

Figurões como Julian Wilson, Jordy Smith e Owen Wright surfaram tudo que tinham escondido na rodada anterior e se garantiram para o mata-mata, assim como os brasileiros Willian Cardoso, Mateus Herdy e Peterson Crisanto, o neozelandês Ricardo Christie e o havaiano Sebastian Zietz.

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Uma das críticas mais recorrentes ao novo formato anunciado (e já empregado) pela WSL em 2019 era sobre um desperdício de tempo: 12 baterias não eliminatórias (R1) e então mais quatro baterias de três atletas em que apenas um é eliminado. Dezesseis baterias para eliminar apenas quatro surfistas!

Pois como era no formato antigo? Doze baterias não eliminatórias (R1) e então mais doze de homem-a-homem, perdedor de cada eliminado. Após dezesseis baterias no formato antigo, quantos surfistas estavam eliminados? Pois bem…

Se nós fizemos essa crítica por aqui na HC, aceite nossas desculpas, WSL.

Panda: sem firula, só porrada. Foto: Dunbar / WSL

Mateus Herdy demorou, no round 1, para se soltar em sua bateria. Na repescagem, não. Com séries mais alinhadas, picos mais definidos, paredes mais lisas e, pra completar, as ondas um pouco menores, Herdy era o surfista perfeito para a ocasião e seu surf mostrou isso. Abriu vantagem rápido e jogou a batata quente para Julian Wilson — Leo tinha uma boa nota e era o segundo.

Julian passou pelo primeiro teste de nervos do ano, se é que já se pode chamar assim, e construiu um score sólido até ultrapassar o italiano.

Caio Ibelli repetia a mesma batida na primeira manobra em todas as ondas, e o recado dos juízes era sempre o mesmo: isso não basta. Jordy Smith havia disparado em primeiro e ele brigou com Ricardo Christie. Quando o kiwi achou uma da série, e tascou-lhe um layback espirrando muita água, os juízes adoraram. Caio precisava de 6,7 para passar. Somando suas duas baterias no Quik Pro, surfou 21 ondas. Apenas uma vez passou dos 5 pontos, apenas duas vezes passou dos 4 pontos. Todas as demais foram na casa dos 3 ou piores. Os juízes esperam do surf de Caio algo que, todos nós sabemos, ele tem. Mas não é o que ele tem tentado mostrar.

É um caso diferente de Slater. O onze vezes campeão mundial entendeu o que esperam de seu surf. Mas não consegue chegar lá — ao menos em um fundo de areia com um metro de onda.

Peterson Crisanto foi uma explosão de força em suas primeiras ondas, misturando cutbacks, batidas, laybacks, rabetadas em uma linha muito concisa. O cutback deve ser a manobra mais antiga do circuito, mas quando bem executado, ainda vale lá uns pontos bem importantes. Urso mandou um tão perfeito em uma de suas ondas que fez lembrar Adriano de Souza. Volta logo, Mineiro!

Owen Wright deve ter sentido um alívio ao ver que Slater que seria capaz de grandes coisas e se soltou também. Ultrapassou Peterson no score final, mas o dono da bateria foi o local de Matinhos.

Por fim, Willian Cardoso aproveitou o mar mais alinhado para soltar o pé com uma brutalidade sem par no circuito — tirando, talvez, Michel Bourez. Jadson rezou pela esquerda tubular que havia encontrado de manhã, mas ela não veio na bateria. Tentou os aéreos rodando como último recurso, mas completou apenas um, meio baixo, em uma onda pequena, aterrissando na espuma, e a nota não veio.

Com a conclusão da repescagem, já estão pareados os 32 surfistas remanescentes do Quik Pro em baterias homem a homem, inclusive com seus possíveis caminhos até a final também definidos.

Filipe, Julian, Gabriel e Italo, os top 4, ficaram cada um em uma chave — apesar de Julian ter vindo da repescagem e apenas Gabriel ter vencido no R1. Confira:

Quiksilver Pro Gold Coast – baterias do round 3

1: Filipe Toledo x Soli Bailey
2: Adrian Buchan x John John Florence
3: Kanoa Igarashi x Jessé Mendes
4: Conner Coffin x Jeremy Flores

5: Julian Wilson x Reef Heazlewood
6: Griffin Colapinto x Seth Moniz
7: Kolohe Andino x Peterson Crisanto
8: Owen Wright x Ezekiel Lau

9: Gabriel Medina x Mateus Herdy
10: Yago Dora x Joan Duru
11: Jordy Smith x Ryan Callinan
12: Mikey Wright x Jack Freestone

13: Italo Ferreira x Ricardo Christie
14: Michael Rodrigues x Willian Cardoso
15: Wade Carmichael x Sebastian Zietz
16: Michel Bourez x Deivid Silva

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