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Ameba comedora de cérebro “provavelmente” estava em piscina de ondas, diz relatório

O relatório da equipe responsável por analisar amostras da água da piscina de ondas do BSR Cable Park, na cidade de Waco, Texas, foi divulgado nesta sexta (12). Ele aponta que o surfista Fabrizio Stabile “provavelmente” contraiu ameba Naegleria Fowleri, também conhecida como “comedora de cérebro”, enquanto surfava no local.

Embora a própria ameba não tenha sido encontrada nas amostras coletadas, a água do local apresentou outros fortes indícios de sua presença: organismos indicadores fecais, água muito turva, baixos níveis de cloro e a presença de outras amebas que sobrevivem em condições favoráveis à reprodução da Naegleria fowleri.

Veja também: após morte de surfista com ameba rara, Waco anuncia fechamento de piscina de ondas por cinco meses

O relatório do departamento de saúde local conclui o relatório afirmando que o contágio do surfista com a ameba muito provavelmente aconteceu naquele local. As informações são do canal de televisão norte-americano CNN.

O complexo do BSR Cable Park, que inclui dois outros lagos artificiais, além daquele próprio para o surf, foi fechado logo após o anúncio da morte de Stabile. O surfista de Nova Jersey morreu no dia anterior ao campeonato Stab High, organizado pela revista australiana Stab, que reuniu ali naquele mesmo local alguns dos melhores aerialistas do surf.

O parque havia anunciado o fechamento da piscina pelo prazo de uma semana. Dias depois, as novas medidas de segurança foram anunciadas junto com a notícia do fechamento da piscina por cinco meses.

Por se tratar oficialmente de um lago, o tanque do BSR Cable Park não era obrigado a fazer a filtragem da água, tampouco precisava seguir outras normas de segurança aplicadas a piscinas.

A piscina recebeu nos últimos meses a visita de diversos surfistas de peso no cenário internacional, incluindo o atual líder do Circuito Mundial da WSL, Gabriel Medina.

O que é a “ameba que come cérebros”?

A Naegleria fowleri pode ser encontrada em lagos ou outras fontes de água doce e temperatura morna, inclusive piscinas que não tenham sido devidamente higienizadas.

Ela entra no sistema sanguíneo pelo nariz, e dali vai para o cérebro. Ali, provoca uma infecção conhecida como Meningoencefalite Amebiana Primária, que causa a morte da pessoa infectada entre uma e duas semanas.

O contágio por esta ameba dificilmente é identificado, na maior parte das vezes apenas quando o infectado já foi a óbito. Segundo o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos, entre 1962 e 2017, apenas quatro das 140 pessoas infectadas por ela sobreviveram.

Ela já foi encontrada em lagos na Argentina e acredita-se que possa existir também no Brasil, embora não haja nenhum registro conclusivo sobre isso até hoje.

Texto: Redação HC
Imagem: reprodução/BSR Cable Park

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