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Havaí cede à WSL e muda sistema de licenças para campeonatos

O Departamento de Parques e Recreação de Honolulu, capital do estado do Havaí, publicou no último domingo (29) um documento em que anuncia a mudança nas regras para a concessão de licenças para a realização de eventos na região. A mudança aconteceu após uma forte pressão da WSL, que havia entregado pedidos de licença para o Pipe Masters 2019 fora do prazo e perdido a licença para a realização do evento – veja mais aqui. A principal mudança com as novas regras foi em relação à duração das licenças para eventos no North Shore de Oahu, que deixam de ser anuais e passam a valer para um período de três anos.

A mudança do período de duração da licença para realização de eventos no local dificulta que “imprevistos” como a perda da licença para o Pipe Masters se repitam no futuro. Além disso, a duração maior facilita a negociação com possíveis patrocinadores dos eventos, uma das principais tarefas da WSL para garantir a sobrevivência do circuito num médio prazo.

Outra mudança não está explícita no comunicado. A primeira janela trienal vai de 1º de setembro de 2019 até 31 de dezembro de 2021. Ou seja, a partir daquele ano, a concessão de licenças será distribuída de acordo com anos cheios do calendário, e não com as janelas de inverno do local – uma outra solicitação feita pela WSL.

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O Departamento de Parques e recreação também divulgou o novo prazo para solicitação de licenças para eventos neste primeiro triênio: 28 de setembro de 2018.

O que leva, indiretamente, a uma outra conclusão: caso confirmem-se os rumores de que a temporada de 2019 não sofrerá as enormes mudanças anunciadas anteriormente pela WSL, tudo indica que o próximo ano do circuito mundial terá, sim, um Pipe Masters. Assim, aparentemente, a entidade que organiza o surf mundial fica muito próxima de reverter sua maior derrota desde a chegada de Sophie Goldschmidt ao cargo de CEO.

A perda do Pipe Masters e a pressão da WSL por mudanças

A WSL tinha a intenção de realizar dois Pipe Masters em uma mesma janela de inverno: o de 2018, encerrando a temporada atual, e outro no início de 2019, na abertura da temporada seguinte, que já seria disputada em outro formato.

Além da mudança em todo o calendário competitivo e no sistema de disputa do título mundial, o deslocamento do Pipe Masters de dezembro para março visava uma melhora nas condições das ondas. Em dezembro, início do inverno, as bancadas de coral ainda estão cobertas por um grande volume de areia, prejudicando a formação. Em março, já no final da temporada, as bancadas estão praticamente limpas. O resultado disso tem sido visto nos últimos anos, com ondas ruins nos dias do Pipe Masters e condições clássicas nos dias do Volcom Pipe Pro, por exemplo, etapa do QS disputada cerca de um mês depois.

A WSL havia solicitado ao Departamento de Parques e Recreação da ilha uma “simples” mudança nominal nas licenças que ela já havia recebido – em vez do Volcom Pipe Pro no início de 2019, ela faria mais um Pipe Masters. Ao ouvir o pedido negado, a entidade começou uma forte pressão pela mudança no sistema de concessão das licenças, iniciada com uma declaração da CEO Sophie Goldschmidt de que a WSL retiraria todos os seus eventos do arquipélago caso o pedido não fosse atendido.

A troca do Volcom Pro pelo Pipe Masters em 2019 não aconteceu, mas outras demandas da entidade foram atendidas – a última delas com o aumento do período de validade das licenças, anunciado neste domingo.

Além disso, rumores – até o momento não confirmados – dão conta de que o circuito não sofrerá todas as mudanças mencionadas anteriormente em 2019. Assim, a conclusão de que o circuito mundial ficaria sem um Pipe Masters em 2019 começa a perder o sentido.

 

 

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