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quinta-feira, 25 abril, 2024
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HARDCORE #339 • 29 ANOS

Para celebrar os 29 anos da HARDCORE, reunimos os caras que mais representam o surf atual no estado do Rio de Janeiro. Na capa, um freesurfer cuja carreira sempre foi documentado nas páginas da revista: Marcelo Trekinho, clicado em Off-The-Wall, Hawaii, por Mateus Werneck, e uma criação analógica-digital do editor de arte Charles Ville. #printisnotdead.

No especial Corrente RJ, Gustavo Migliora traça um panorama da talentosa geração atual de fluminenses, que se sobressai mesmo em paralelo ao circo do World Tour. Lucas Chumbinho, Pedro Calado, Bruno Santos, Phil Rajzman, Chloé Calmon, Lucas Silveira, Dávio Figueiredo, Caio Vaz, Marina Werneck e muito mais.

Maya Gabeira merece um espaço especial. Em entrevista, a big rider carioca revela sua saga de lesões, cirurgias e medos até finalmente se recuperar e voltar a sua melhor performance nas ondas gigantes. A retomada ao topo já começou. No Big Wave Awards, ela foi considerada a terceira melhor big rider de 2017, e agora tenta ter registrada sua onda gigante em Nazaré, com a criação do recorde de onda surfada por mulher.

Em Esporte S/A, o jornalista Carlos Eduardo Eboli guia uma conversa sobre o estado do mercado e suas projeções, com o diretor editorial da HC, Adriano Vasconcellos, o CEO da Rip Curl no Brasil, Felipe Silveira, e o diretor geral da Quiksilver, Gustavo Belloc.

O tema mercado continua no 10 Perguntas, com o entrevistado Rodrigo Pacheco. À frente do Nosso Lar, ele patrocina uma grande equipe de surfistas, entre eles Adriano de Souza, Jessé Mendes Wiggolly Dantas, Alejo Muniz e Miguel Pupo.

No Journal, você aprende sobre tábua de marés e dados lunares; descobre a Prancha Mágica de Deivid Silva, vencedor das triagens do Rio Pro; reflete com Sávio Carneiro no Alma Hardcore; e Art Room com Ciro Bicudo. E mais: Sweet and Sour com Janaína Pedroso, Polaroids de Chloé Calmon, Darkroom com Heverton Ribeiro e #IPaintMyDay com Cassami.

HC de maio já nas bancas! Garanta a sua!

 

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Corrente RJ
por Gustavo Migliora

 

A história do surf brasileiro se confunde com a história do surf no Rio de Janeiro. As primeiras pranchas de madeirites, a primeira fábrica (São Conrado Surfboard), os primeiros campeonatos internacionais (Waimea 5000), a primeira entidade de surf (Associação de Surfe do Estado do Rio de Janeiro), a contracultura no Píer de Ipanema, os festivais em Saquarema… tudo isso sem falar nas personagens. O astral do surf fluminense está muito mais nas pessoas do que em qualquer coisa. Sempre foi assim.

Para celebrar os 29 anos da Revista Hardcore, fizemos uma lista com personagens notórios que fizeram a vida no Rio de Janeiro. Podem não estar entre os Top 34 da WSL, mas ainda são os melhores de suas categorias e seguem em grande estilo representando o legado deixado por seus conterrâneos e difundindo todo a alma do surf no Rio de Janeiro.

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Não por acaso: Maya Gabeira
por Adriano Vasconcellos, retratos de Diego Cagnato

Com as cirurgias, alguma vez você chegou a pensar que elas iriam atrapalhar a sua carreira, Maya, ou sempre foi o foco fazer as cirurgias para melhorar e chegar lá mais inteira e se entregar mais para o esporte? E quais foram as barras de quais cirurgias?

As minhas cirurgias sempre foram um “salve-se quem puder”. A minha primeira cirurgia na coluna… Na verdade, eu já tinha quebrado o nariz em Teahupo’o e já era após o acidente em Nazaré. Já tinha problemas na coluna há muito tempo, devido ao tow-in, ao desgaste. No acidente em Nazaré, piorou muito e aí eu fui para o Tahiti gravar um comercial para a Chanel e lá eu estava totalmente travada, quebrei o nariz e machuquei a perna que tenho problema no ciático. Ela já não funcionava muito, não tinha muitas reações. E aí, quando fui fazer a operação, eu operei o nariz. Me tratava muito em Los Angeles, no centro da Red Bull. Eles tinham um projeto bem grande para eu fazer, era bem físico, dois meses para frente. Falei: “olha, eu acho que estou super bem do nariz – porque ele é super simples, você põe um gesso e em três semanas está zero –, só que a minha coluna não está boa, não consigo surfar desde o acidente em Nazaré. Eu não consigo me recuperar, deve ter algo sério acontecendo”. Já tratava muito a coluna, mas, imagina? Eu tinha 25 anos de idade. Já tinha feito um raio-x que não apontou nada. Não tinha pensado que precisasse procurar um neurocirurgião. 

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Esporte S/A
por Adriano Vasconcellos e Carlos Eduardo Eboli

A missão para construir um programa que envolvesse o mercado surf na Rádio Globo foi uma desafio e tanto. A iniciativa partiu do amigo e renomado jornalista-apresentador Carlos Eduardo Eboli. Na formatação da pauta, convidei o CEO da Rip Curl no Brasil, Felipe Silveira, e o Diretor Geral da Quiksilver, que também comporta as marcas Roxy e DC Shoes, Gustavo Belloc. A linguagem do “Esporte S/A” é para o grande público focado em negócios, sob o peso da bandeira do Sistema Globo de Rádio. O momento do surf atual, os caminhos do segmento e o posicionamento das marcas ganham lucidez na voz dos players de mercado. 

Felipe Silveira: “O surf demonstra sua força. Mesmo na recessão, conseguiu se manter estável. O surf como esporte e mídia nunca alcançou o momento que alcança hoje.”

Adriano Vasconcellos: “Imagine uma piscina de ondas no Pacaembu? um investimento certeiro. fechar a conta é outra discussão. Falo como um aficcionado e enxergando uma ótima ativação do esporte.” 

Gustavo Belloc: “O surf na olimpíada promete em termos de visibilidade, com carisma, público jovem, atraindo novos praticantes e consumidores. através dos atletas, as marcas poderão aproveitar esse grande evento.”

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O Grande Encontro
de Janaína Pedroso

Conheci Margaret durante o inverno. Assim que avistei as ondas pude ver claramente como eram perfeitas. O frio era cortante e o medo dos tubarões, associados a uma fase meio down, me deixaram de fora d´água.

Dessa forma, não surfei naquele final de semana prolongado na bela Gracetown. E é difícil, até hoje, aceitar que eu não dropei sequer uma onda de Main Break, nem de Lefthanders e muito menos de The Box. […]

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Rodrigo Koxa, Nazaré, recorde mundial de 80 pés. Foto: Cruz/WSL

#PRINTISNOTDEAD
Editorial, por Adriano Vasconcellos

No ato final do fechamento desta HARDCORE especial de aniversário de 29 anos, fomos presenteados com a consagração do big rider Rodrigo Koxa, com a maior onda já surfada por um homem de que se tem registro em toda a história da humanidade.

Nesta edição #printisnotdead, não teríamos brinde mais feliz a fazer do que para o recorde mundial de um guerreiro do surf brasileiro, que vem semeando há muito tempo, por meio de todos os seus valentes personagens, os louros dessa maravilhosa história. 

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