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Gabriel Medina: “Se não fosse surfista, seria jogador de futebol”

Gabriel Medina responde a perguntas de fãs na sede da WSL e afirma que, se não fosse o surf, seria jogador de futebol

Por Redação HC

No início do mês de fevereiro, antes de ir para Fernando de Noronha, onde disputou o Oi Hang Loose Pro Contest, o bicampeão mundial Gabriel Medina passou uns dias na Califórnia. Lá, encontrou seu amigo, colega de equipe e vítima de uma das maiores atuações já vistas em uma bateria no surf profissional, Conner Coffin, foi assistir a um jogo da NBA, conheceu Stephen Curry (veja abaixo) e visitou a nova sede da World Surf League, em Santa Monica.

A WSL aproveitou a passagem para produzir um conteúdo com Medina. Diferente do que informa a chamada, não tem exatamente TUDO que você gostaria de saber sobre Gabriel Medina. Mas há algumas perguntas (e respostas interessantes). Por exemplo: o que ele seria se não pegasse onda? Acertou quem respondeu amigo do Neymar, ou, nas palavras do próprio Gabriel, jogador de futebol.

Qual o pior caldo que já tomou? Em Fiji, entrando em um mar gigantesco ao lado de seu amigo Owen Wright. Entre outras respostas mais ou menos protocolares.

Confira a entrevista de Gabriel Medina na WSL:

Como é ser o novo herói do Brasil?
Estou muito feliz por vencer meu segundo título mundial para o Brasil. Passei o ano viajando, é muito tempo trabalhando em treinos. A rotina rígida de um atleta é um pouco difícil, mas vale a pena no final. É muito legal poder fazer outras pessoas felizes fazendo o que eu mais amo. Então, é um prazer representar meu país e dar essa felicidade às pessoas. Agradeço muito por todo o amor e a torcida. Vamos continuar assim, porque teremos mais esse ano.

No período entre seus dois títulos mundiais, o que você fez para se preparar?O que mudou em sua rotina de treinos?
Ano passado foi bem difícil para mim, porque tive muitos altos e baixos, foi um ano em tive que me esforçar para manter o foco e aprender a ser consistente. Para isso tive que trabalhar muito mais fora da água. Treinei muito para conseguir superar os desafios sem me sentir desconfortável. Acho que foi por isso que tudo deu certo.

O maior esforço nos treinos com certeza foi fora da água. No mar é a parte mais divertida. É a hora em que colocamos tudo em prática, que a gente faz o que sabe fazer. Graças a Deus, tudo deu certo.

Qual é o maior desafio em ser um atleta de alto nível? Muitas restrições?
É sua responsabilidade ser sempre o melhor, acima dos outros. Você precisa trabalhar duro, dar o seu melhor para ser o melhor de todos. E isso é sua rotina diária. Precisa ter uma vida regrada, o que é bem difícil. Tenho 25 anos, tenho as mesmas vontades de qualquer pessoa da minha idade. E às vezes é preciso dizer não. Mas é isso, depende do que cada pessoa se propõe. Nos últimos anos, acho que absolutamente tudo tem valido a pena.  Como meu pai diz, “o esforço é momentâneo, mas a glória é para sempre”.

Se você não fosse um surfista, o que seria?If you were not a surfer, what would you be?
Acho que seria jogador de futebol.

Qual o pior caldo que você já tomou?
O pior de todos foi em Fiji. O mar estava enorme. Eu sabia que ia estar grande, mas não imaginei que fosse estar TÃO grande. Estava com o Owen Wright. A gente entrou no mar juntos e tomamos essa onda na cabeça. Na verdade, só de olhar a onda eu já tinha perdido o ar. No final ficou tudo bem, mas eu fiquei bem assustado.

Qual o segredo para vencer em Pipe?
Meu segredo é comer um monte de chocolate [risos]

Você tem medo do mar às vezes?
Sim. O mar é um elemento que sempre pode te surpreender. Sua força assusta qualquer um — a correnteza, ondas grandes etc. Existem muitos medos que vêm à tona no mar. E você não pode brincar com a natureza, ela é muito mais forte que você. Acho que é isso que faz nosso esporte ser tão especial. Nós nunca sabemos o que vai acontecer. Então temos que estar preparados para qualquer situação. Sou muito feliz por trabalhar no mar.

Quem é sua maior inspiração?
Minha maior inspiração é o Ayrton Senna. Pelo que vi nos filmes — especialmente em seu documentário e seu livro. É uma pessoa com a qual me identifico muito, uma grande inspiração para mim.

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