20.7 C
Hale‘iwa
quinta-feira, 18 abril, 2024
20.7 C
Hale‘iwa
quinta-feira, 18 abril, 2024

Em 2050, haverá mais ondas quebrando em piscinas do que no mar, diz estudo

Com a crescente popularização das piscinas de ondas, o surf pode se deparar com um cenário muito diferente do habitual no futuro.

Por Redação HC

As piscinas de onda estão em ascensão no mundo inteiro. No Brasil, a Surfland Garopaba adota o modelo piscina + resort como aposta de sucesso. Nos EUA, país com mais números de piscinas construídas ou em processo de construção, temos o Surf Ranch de Kelly Slater, as ondas Texanas de Waco e os projetos de um ‘Resort de ondas’ na Califórnia e outra piscina em Nova York. Ao todo, ao redor do mundo, existem 45 piscinas de ondas em funcionamento ou desenvolvimento.

Pesquisadores então passaram a levantar dados sobre como essas piscinas influenciarão no futuro do surf e da massificação do esporte em si. Um recente estudo apresentado por cientistas da Universidade Marpherson de Ciências da Onda apontou que em 2050 o mundo terá mais ondas artificiais quebrando em piscinas do que no próprio mar.

“Muitos dizem que as ondas produzidas pelo homem nunca substituirão o que podemos obter no oceano'”, diz James Aerevo, estudante de pós-graduação da Faculdade de Ciências da Onda da MacPherson University e co-líder do estudo. “Mas o fato de comprar um ingresso por um dia ou uma hora de ondas irá de fato substituir, para muitos, a experiência de acordar cedo e ir atrás de um swell”.

James Aerevo também pesquisou sobre o número de tecnologias que estão surgindo no que ele chama de “a corrida para desenvolver a próxima onda perfeita”. “Como todo mundo quer fazer isso agora porque realmente têm se mostrado muito rentável, surgem projetos em todos os cantos. Recentemente me deparei com um cara que construiu em um parque de trailers um projeto de onda artificial capaz de produzir ondas para piscinas onde caberiam 2000 surfistas. No dia seguinte, outro grupo anunciou um projeto duas vezes maior e com capacidade para acomodar o dobro de surfistas”, ressalta Aerevo.

Inicialmente acreditando que o fato da ascensão das piscinas seria algo positivo aos surfistas, James Aerevo se juntou com Richard Caan, professor de psicologia social na MacPherson, para conduzir entrevistas presenciais com um grupo de 10,000 surfistas e 5,000 pessoas que não surfam, mas que possuem interesse em aprender.

Os entrevistados foram submetidos a testes com detectores de mentira para examinar os impactos do estudo para cada indivíduo. O teste concluiu que a maioria dos surfistas já praticantes não está feliz com o fato de que novos surfistas irão surgir e com a massificação do esporte. “Ironicamente, os surfistas ficaram descontentes com a ideia de que novos surfistas surgiriam com o maior número de piscinas”, ressalta Caan. “Mesmo quando equilibrados com a ideia de que eles nunca mais precisariam buscar o swell perfeito, seus perfis psicológicos e exames cerebrais mostraram que a alegria potencial trazida aos outros de alguma forma diminuiria a deles mesmos.”

Na conclusão do estudo, Aerevo resumiu: “estamos ferrados”.

Veja também:
Após 4 dias de campeonato, Filipe Toledo é o nome a ser batido em J-Bay
Você vai armar uma viagem para o México depois desse vídeo – assista

 

 

Receba nossas Notícias no seu Email

Últimas Notícias