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BÔNUS NA BATIDA

Por Daniel Stryjer Femi Kuti é o filho de Fela Kuti, o cara mais respeitado da Nigéria. Ativista dos direitos humanos, saxofonista, criador e pilar essencial do Afrobeat – uma fusão do jazz (seus ídolos: Coltrane, Parker, Gillespie) e funk americano com o rock psicodélico e o highlife da África Ocidental. Percussões características de música regional – Fela, morto em 1997 em decorrência de AIDS, este ano sua vida está sendo encenada na Broadway na peça “Fela!”, e Femi está lutando para levá-la para Lagos – Nigéria. Suas palavras a respeito:

“É bom que a peça esteja na Broadway, a publicidade é grande, todo mundo está falando sobre isso.

Mas se há realmente respeito à música e a mensagem, ela tem que vir para a África, de volta a Lagos.

Isso é importante espiritualmente e culturalmente. “

O cara é combativo mesmo… Femi começou a tocar sax na banda do pai, aos 16 anos, mas nunca se acomodou em ser um herdeiro do rei e se apresenta com sua banda, a Positive Force, desde 1985, que é uma orquestra de 13 músicos. Cantor e saxofonista como o pai (desculpa!), toca piano e trompete, expondo em suas músicas temáticas políticas, contra a corrupção e ao governo tirânico, militares e burocratas da Nigéria, propagando protestos inclusive com a parte dos africanos com mentalidade ocidental, sendo bem mais sutil que seu pai nas mensagens, mas abraçou toda herança política do Afrobeat, distanciando-se da maconha e promiscuidade que seu pai convivia, ele teve 27 mulheres! Com 48 anos, Femi é um exímio saxofonista e suas músicas são mais curtas que a maioria das canções do seu pai, que duravam até 20 minutos. Em 4 a 6 minutos, ele dilui os elementos mais consistentes, redefinindo o estilo, ampliando a gama de influências – inclusive com mais traços latinos e caribenhos tornando o som mais acessível para os desacostumados com o ritmo hipnótico do afrobeat, resultando num som moderno, repleto de influências do século contemporâneas, fazendo a cabeça da África e do Ocidente. Ele canta em pidgin nigeriano, a linguagem adotada por seu pai na década de 1970 para se comunicar com os grupos multietnicos do país. Ao falar do álbum, a palavra mais usada em seu discurso é Agressivo, o África for África é um disco com energia punk africana e muita melodia, com porradas na cara de jazz, com sofisticados vocais de “pergunta e resposta” e todas 14 músicas contem letras instigantes, sagazes e atmosfera feroz. E claro, altamente dançante e irresistível. http://www.myspace.com/femikuti Femi Kuti – A Take Away Show http://www.youtube.com/watch?v=8WGZskMQnKU fonte: LaBlogotheque

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